Presidente turco acusa oposição de racismo após tumultos contra sírios
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou hoje os partidos da oposição de alimentarem a xenofobia e o racismo, um dia depois de habitantes de um bairro no centro da Turquia terem incendiado lojas de comerciantes sírios.
© Turkish Presidency/Mustafa Kamaci/Handout/Anadolu via Getty Images
Mundo Turquia
Os tumultos eclodiram na região de Melikgazi, na província central de Kayseri, na noite de domingo, após relatos de que um refugiado sírio teria alegadamente assediado sexualmente uma menina síria de 7 anos.
Os habitantes, indignados com essa informação, viraram alguns carros e incendiaram lojas, pedindo aos sírios que saíssem do território turco.
Pelo menos 67 pessoas suspeitas de envolvimento neste episódio de violência foram detidas, anunciou o ministro do Interior, Ali Yerlikaya.
Num discurso televisionado, Erdogan acusou os partidos da oposição de defenderem a repatriação de refugiados e de incitarem à violência.
"Nada pode ser alcançado alimentando a xenofobia e o ódio aos refugiados na sociedade", argumentou Erdogan.
Quando a guerra civil na Síria se iniciou, em 2011, a Turquia acolheu refugiados sírios, tornando-se o país que recebe a maior população de refugiados a nível mundial.
À medida que a população crescia e a Turquia enfrentava dificuldades económicas, assistiu-se a um aumento do sentimento anti-migrantes.
As autoridades informaram que o alegado agressor foi detido enquanto a menina, os seus irmãos e a sua mãe foram colocados sob proteção do Estado, tendo recebido apoio psicológico.
Em 2021, motins anti-Síria semelhantes eclodiram num bairro de Ancara, depois de um adolescente turco ter sido morto à facada numa briga com um grupo de jovens sírios.
Centenas de pessoas entoando 'slogans' anti-imigrantes saíram às ruas, vandalizaram lojas de comerciantes sírios e atiraram pedras contra casas de refugiados.
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