Novo Governo dos Países Baixos promete "apoio inquebrantável" a Kyiv
O primeiro-ministro neerlandês, Dick Schoof, manifestou hoje ao Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky o seu "apoio inquebrantável" à Ucrânia e prometeu ajuda "política, militar e financeira durante o tempo que seja necessário", na primeira declaração do novo Executivo dirigida a Kyiv.
© Patrick van Katwijk/Getty Images
Mundo Ucrânia
Schoof, que não está filiado em qualquer partido, elegeu a Ucrânia para a sua primeira intervenção em política internacional e falou por telefone com Zelensky, que o felicitou pela sua designação para primeiro-ministro em substituição do liberal Mark Rutte, que ontem se despediu da liderança de um Governo também caracterizado por um forte apoio à Ucrânia desde a invasão militar russa em fevereiro de 2022.
"Assegurei-lhe que o apoio dos Países Baixos ao seu país é inquebrantável. Continuaremos a apoiar a Ucrânia política, militar e financeiramente contra a agressão russa, no que seja necessário e durante o tempo que seja necessário", prometeu Schoof.
Os dois dirigentes abordaram a próxima cimeira da NATO que decorre em Washington entre 09 e 11 de julho, onde esperam um encontro pessoal pela primeira vez. Nessa cimeira também será confirmada a designação de Rutte como novo secretário-geral da NATO, cargo que ocupará a partir de outubro.
O pacto de governo entre o Partido da Liberdade (PVV, extrema-direita) de Geert Wilders, vencedor as legislativas de novembro passado, e outros três partidos da direita prevê a necessidade de manter o apoio à Ucrânia contra a Rússia, apesar de Wilders ter previamente criticado as ajudas de Haia a Kyiv.
A ex-ministra da Defesa neerlandesa, Kajsa Ollongren, reconheceu recentemente ter sido questionada por parceiros europeus, que receavam uma suspensão do envio de aviões de combate F-16 prometidos à Ucrânia ou uma suspensão de outro género de ajuda militar.
O novo Governo dos Países Baixos, formado por 15 ministros e liderado por Schoof, tomou posse na terça-feira inaugurando uma legislatura na qual a ultradireita estará pela primeira vez no centro do poder nos Países Baixos.
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