Relações entre Rússia e China estão no "melhor período da sua história"
Decorreu hoje o segundo encontro entre Putin e Xi Jinping em menos de dois meses.
© SERGEI SAVOSTYANOV/POOL/AFP via Getty Images
Mundo Putin
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou, esta quarta-feira, que as relações com a China atravessam "o melhor período da sua história".
Esta posição foi partilhada depois de uma nova reunião, no Cazaquistão, com o seu homólogo chinês, Xi Jinping.
"Afirmámos que as relações russo-chinesas de parceria global e cooperação estratégica estão no melhor período da sua história. Estão a ser construídas com base nos princípios da igualdade, do benefício mútuo e do respeito pela soberania de cada um", afirmou Putin, segundo cita a agência estatal russa TASS.
O presidente russo insistiu ainda que a cooperação bilateral "não é dirigida contra ninguém" e que Moscovo e Pequim não criam "blocos ou alianças".
Putin recordou também a sua visita de Estado à China, em maio, e aproveitou para agradecer a Xi Jinping "o quão calorosamente" foi recebido, naquela que foi a sua primeira viagem ao estrangeiro após a sua reeleição para um quinto mandato.
Recorde-se que o chefe de Estado russo também se reuniu hoje com o líder turco, Recep Tayyip Erdogan, confirmando a sintonia com os seus tradicionais aliados. Os encontros decorreram à margem da cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (OCS).
De notar que este foi o segundo encontro entre Putin e Xi em menos de dois meses -- e o quinto desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Putin e Xi têm já marcada nova reunião em outubro próximo, durante a cimeira de líderes dos BRICS, na cidade russa de Kazan.
Antes da reunião de hoje em Astana, o Kremlin lembrou que a Rússia e a China cooperam em todas as áreas, "incluindo as mais sensíveis".
O intercâmbio comercial entre Moscovo e Pequim ultrapassou os 200 mil milhões de euros, segundo o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, mas a agenda da reunião não se limitou a matérias económicas.
Já durante o encontro presencial na China, os dois presidentes tinham demonstrado consenso sobre questões globais, como os conflitos na Ucrânia e em Gaza, o multilateralismo e o comércio, marcando distância das posições ocidentais.
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