O diretor da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA), Philippe Lazzarini, alertou que a sede da agência na Faixa de Gaza foi "transformada em campo de batalha".

"A sede em Gaza foi transformada em campo de batalha e agora está arrasada. Outro episódio de flagrante desrespeito ao direito humanitário internacional", escreveu no X (antigo Twitter).

Descrevendo a situação como "chocante", Lazzarini afirmou que "as instalações das Nações Unidas devem ser protegidas constantemente" e "nunca devem ser usadas para propósitos militares ou de combate".

Segundo o jornal britânico The Guardian, a UNRWA fornece serviços de educação, saúde e ajuda a milhões de palestinianos na Faixa de Gaza, Cisjordânia, Jordânia, Síria e Líbano.

O governo de Israel alega, no entanto, que a agência tem sido utilizada pelos terroristas do Hamas para causar danos a Israel.

Shocking.@UNRWA headquarters in #Gaza, turned into a battlefield & now flattened

Another episode in the blatant disregard of international humanitarian law.

United Nations facilities must be protected at all times. They must never be used for military or fighting… pic.twitter.com/XVOm5UjJeM

— Philippe Lazzarini (@UNLazzarini) July 15, 2024

A UNRWA também citou um relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) que afirma que serão necessários 15 anos para remover as cerca de 40 milhões de toneladas de escombros causados até agora pela ofensiva de Israel, lançada após os ataques de 07 de outubro pelo Hamas e outras fações palestinianas.

"Os escombros representam uma ameaça mortal para a população da Faixa de Gaza, uma vez que podem conter engenhos explosivos não detonados e substâncias nocivas", afirmou a agência, referindo que o relatório do PNUD afirma que os esforços custariam mais de 500 milhões de dólares (cerca de 460 milhões de euros).

O exército israelita desencadeou uma ofensiva contra Gaza após os ataques de 07 de outubro, que fizeram cerca de 1.200 mortos e 240 raptados. 

As autoridades da Faixa de Gaza, controlada pelo grupo islamita palestiniano, contabilizam mais de 38.600 mortos, a que se juntam mais de 560 palestinianos mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental em operações das forças israelitas ou em ataques de colonos.

[Notícia atualizada às 15h57]

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