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ONG pede a Minsk que trave execução de médico acusado de "terrorismo"

Uma plataforma de organizações internacionais de defesa dos direitos humanos pediu hoje à Bielorrússia que não execute um cidadão alemão recentemente condenado à morte após ter sido julgado por terrorismo, extremismo e atividades mercenárias.

ONG pede a Minsk que trave execução de médico acusado de "terrorismo"
Notícias ao Minuto

15:29 - 23/07/24 por Lusa

Mundo Bielorrússia

Num comunicado, a Federação Internacional para os Direitos Humanos - que inclui mais de 180 organizações de defesa dos direitos humanos em todo o mundo - afirmou que apelou às autoridades bielorrussas para "que travem imediatamente a execução de Rico Krieger, independentemente das acusações, e que respeitem plenamente os direitos humanos internacionais na Bielorrússia, incluindo o direito à vida, o direito a não sofrer tortura e maus-tratos, o direito ao devido processo e a um julgamento justo".

 

Rico Krieger, um médico da Cruz Vermelha alemã, foi condenado à morte em 24 de junho num julgamento secreto, de acordo com o grupo bielorrusso de direitos humanos Viasna, declarado extremista pelo poder de Minsk.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha confirmou que um alemão foi condenado à morte, mas não forneceu mais pormenores.

A organização Viasna afirmou que Rico Krieger, de 30 anos, foi detido na Bielorrússia em novembro de 2023 e, posteriormente, foi acusado de ser mercenário, de realizar "atos de terrorismo" e da "criação de uma organização extremista".

A Bielorrússia é o último país da Europa a aplicar a pena capital.

Recorrendo a armas de fogo, as execuções na Bielorrússia são caracterizadas por um grande secretismo: a data da execução não é tornada pública, os corpos dos prisioneiros não são devolvidos às suas famílias e não é dada qualquer informação sobre o local de enterro.

Desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, apoiada pelo regime do líder bielorrusso Alexander Lukashenko, várias pessoas foram presas na Bielorrússia e acusadas de cometer atos de sabotagem em apoio a Kyiv.

Alexander Lukashenko acusa regularmente a Ucrânia e a oposição bielorrussa de procurarem desestabilizar o seu país, que serviu de base de retaguarda para o exército russo aquando do seu ataque a Kyiv há mais de dois anos.

Leia Também: Cidadão alemão condenado à morte na Bielorrússia por "ato de terrorismo"

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