Meteorologia

  • 04 OCTOBER 2024
Tempo
22º
MIN 20º MÁX 26º

"Um alívio". Alemanha reage a indulto de Lukashenko a condenado à morte

O governo alemão fez uma "campanha intensa" a favor de Rico Krieger, condenado à morte na Bielorrússia.

"Um alívio". Alemanha reage a indulto de Lukashenko a condenado à morte
Notícias ao Minuto

12:50 - 31/07/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Alemanha

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha descreveu, esta quarta-feira, como um "alívio" a notícia de que o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, decidiu indultar Rico Krieger, um alemão condenado à morte por terrorismo. 

 

Citado pela agência de notícias Reuters, um porta-voz do ministério afirmou que o governo alemão fez uma "campanha intensa" a favor de Krieger e que o objetivo agora é trazê-lo de volta à Alemanha o mais rapidamente possível.

Sobre o indulto, o responsável descreveu-o como "um alívio" que "era há muito esperado".

Na terça-feira, a agência de notícias bielorrussa BELTA avançou que Lukashenko decidiu indultar Rico Krieger, após o gabinete de imprensa do líder bielorrusso ter avançado na plataforma Telegram que o cidadão alemão, detido desde outubro de 2023 e condenado à morte em junho passado, tinha endereçado um pedido de indulto.

Rico Krieger tinha aparecido recentemente na televisão estatal bielorrussa para apelar ao governo alemão, incluindo ao chanceler Olaf Scholz, que intercedesse no seu caso.

"Por favor, senhor Scholz, eu ainda estou vivo. Ainda não é tarde de mais", disse Krieger, entre lágrimas, citado pelo The Guardian. 

"Não é tarde". Alemão condenado à morte na Bielorrússia apela a Scholz

Rico Krieger, um médico de 30 anos, foi condenado à morte por terrorismo, extremismo e atividades mercenárias.

Márcia Guímaro Rodrigues | 17:06 - 26/07/2024

O homem, de 30 anos, é um médico da Cruz Vermelha alemã e foi condenado à morte no passado 24 de junho, num julgamento secreto. O caso foi denunciado pelo grupo bielorrusso de direitos humanos Viasna, que é considerado extremista por Minsk.

Segundo as autoridades bielorrussas, Krieger viajou para o país no outono do ano passado, a mando dos serviços secretos ucranianos, com o objetivo de realizar um ataque terrorista numa linha ferroviária. 

O alemão contou que ficou motivado a ir trabalhar para a Ucrânia após ler as notícias sobre a guerra, mas que lhe fora atribuída uma "tarefa" antes de entrar no país invadido pela Rússia. No programa bielorrusso foi revelado que tirou várias fotografias a "locais sensíveis" e colocou uma mochila com explosivos junto a uma linha de caminho de ferro.

"Este foi o maior erro da minha vida. Admito a minha culpa, sem qualquer dúvida", disse Krieger no programa bielorrusso numa confissão que, como lembra o The Guardian, poderá ter sido feita sob tortura, uma vez que não foram apresentadas quaisquer provas dos alegados crimes do alemão.

"O tempo está contra mim. A qualquer momento podem executar a sentença. A cada segundo que passa, arrependo-me do que fiz", disse Krieger.

Sublinhe-se que as execuções, por fuzilamento, decorrem em segredo na Bielorrússia. A data das execuções não é divulgada, os corpos dos prisioneiros não são restituídos às famílias e não é emitida qualquer informação sobre o local onde foram enterrados.

As execuções apenas são aplicadas a homens, que geralmente são acusados de diversos assassinatos.

Leia Também: Presidente da Bielorrússia indulta alemão condenado à pena de morte

Recomendados para si

;
Campo obrigatório