ONU teme escalada após ataques em Beirute e Teerão
O secretário-geral da ONU, António Guterres, mostrou-se hoje alarmado com os ataques ocorridos em Beirute e Teerão, onde o líder político do Hamas foi morto, afirmando que estes "representam uma escalada perigosa".
© KHALED DESOUKI/AFP via Getty Images
Mundo Médio Oriente
"O secretário-geral considera que os ataques a que assistimos no sul de Beirute e em Teerão representam uma escalada perigosa, numa altura em que todos os esforços deveriam conduzir a um cessar-fogo em Gaza, à libertação dos reféns israelitas, a um aumento maciço da ajuda humanitária aos palestinianos em Gaza e ao regresso à calma no Líbano e na Linha Azul", disse o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, em declarações aos jornalistas.
A chamada Linha Azul é a linha de demarcação estabelecida pela ONU entre Israel e o Líbano em junho de 2000.
O grupo islamita palestiniano Hamas, que está em guerra com Israel desde 07 de outubro de 2023 na Faixa de Gaza, declarou hoje que o seu líder político, Ismail Haniyeh, foi morto num ataque atribuído a Israel em Teerão, onde se encontrava de visita oficial para assistir à tomada de posse do novo Presidente do Irão, Masud Pezeshkian.
Na declaração na qual responsabilizou Israel pela morte de Haniyeh, o Hamas afirmou que o ato "não ficará impune".
Até ao momento, as autoridades israelitas não reivindicaram a autoria do ataque, nem o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, não se pronunciou sobre o assunto.
Na terça-feira, as Forças Armadas de Israel confirmaram ter realizado um "ataque direcionado" em Beirute, capital do Líbano, visando um comandante do Hezbollah, em retaliação a um ataque que Telavive atribuiu ao grupo xiita libanês ocorrido no sábado em Majdal Shams, nos Montes Golã sírios, em grande parte anexados por Israel.
O ataque em questão fez 12 mortos, crianças e adolescentes com idades compreendidas entre os 10 e os 16 anos, e dezenas de feridos, também jovens, segundo as autoridades locais.
Majdal Shams é uma localidade de maioria drusa nos Montes Golã, território sírio ocupado por Israel na sequência da Guerra dos Seis Dias, em 1967, e anexado em 1981. Os drusos são uma minoria árabe, não muçulmana, presente em vários países da região.
O Hezbollah negou estar na origem do ataque mortal.
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