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"Horror", "crime" e "genocídio". Mundo reage a ataque a escola em Gaza

Mais 100 pessoas morreram naquele foi um dos ataques mais mortíferos desde o início da guerra na Faixa de Gaza, a 7 de outubro.

"Horror", "crime" e "genocídio". Mundo reage a ataque a escola em Gaza
Notícias ao Minuto

17:18 - 10/08/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Israel/Palestina

Mais de 100 pessoas morreram, este sábado, na sequência de um ataque lançado por Israel contra uma escola na Faixa de Gaza. Segundo a Proteção Civil local, a escola Al-Tabai'een, localizada no setor Al-Sahaba, albergava "palestinianos deslocados" na altura do ataque, que já foi condenado pelo Hamas e pelo Ocidente.

 

O movimento islamita Hamas, que detém o poder na Faixa de Gaza, alertou que o "massacre na escola de Al-Tabi'een (...) é um crime horrível que representa uma perigosa escalada".

Já a italiana Francesca Albanese, relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para os territórios palestinianos, acusou mesmo Israel de genocídio.

"Israel está a cometer um genocídio contra os palestinianos, um bairro de cada vez, um hospital de cada vez, uma escola de cada vez, um campo de refugiados de cada vez, uma zona de segurança de cada vez", afirmou Albanese na rede social X.

E acrescentou: "Que os palestinianos nos perdoem pela nossa incapacidade coletiva de os proteger, respeitando o sentido mais básico do direito internacional".

Por Portugal, o Ministério dos Negócios Estrangeiros qualificou o ataque como "intolerável" e apelou a Israel para que "respeite o direito humanitário". "É intolerável o bombardeamento de escolas em Gaza pelas forças armadas de Israel", lê-se numa mensagem na página oficial do ministério tutelado por Paulo Rangel, na rede social X.

A União Europeia (UE) manifestou-se "horrorizada" com o ataque, com o alto representante para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell, a lembrar que "pelo menos 10 escolas foram alvo de ataques nas últimas semanas".

"Não há justificação para estes massacres. Estamos consternados com o terrível número total de mortos. Mais de 40.000 palestinianos foram mortos desde o início da guerra", escreveu no X.

Também o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, David Lammy, disse estar "horrorizado" com o ataque e instou o Hamas a "deixar de pôr em perigo os civis" e Israel a "respeitar o dinheiro internacional humanitário".

"Horrorizado com o ataque militar israelita à escola de Al-Tabai'een e com a trágica perda de vidas. O Hamas tem de deixar de pôr em perigo os civis e Israel tem de respeitar o direito internacional humanitário", afirmou na rede social X. "Precisamos de um cessar-fogo imediato para proteger os civis, libertar todos os reféns e acabar com as restrições à ajuda".

Em comunicado, a presidência dos Estados Unidos da América manifestou-se "profundamente preocupada" com os relatos do ataque israelita e disse saber que o "Hamas tem usado escolas como locais de reunião e operações", mas que tem repetido consistentemente que Israel deve minimizar danos em civis".

França condenou "com toda a veemência" o ataque israelita, denunciando que "os edifícios escolares têm sido repetidamente atacados desde há várias semanas, com um número intolerável de vítimas civis".

"O respeito pelo direito humanitário internacional é obrigatório para Israel", acrescenta um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.

Já o governo de Espanha exigiu "mais uma vez o pleno cumprimento das medidas provisórias impostas pelo Tribunal Internacional de Justiça e a proteção da população civil". Na nota, reitera a Israel e às milícias palestinianas do Hamas "que um acordo de cessar-fogo imediato é essencial para pôr fim a esta catástrofe humanitária e obter a libertação dos reféns".

Turquia foi mais longe e acusou Israel de cometer "um novo crime contra a humanidade ao massacrar mais de uma centena de civis que se tinham refugiado numa escola".

O governo turco condenou, "mais uma vez", a vontade do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de "sabotar as negociações para um cessar-fogo". "Este ataque mostra mais uma vez que o governo de Netanyahu quer sabotar as negociações sobre um cessar-fogo permanente", considerou.

Além destes países, também o Egito, a Jordânia e a Arábia Saudita condenaram bombardeamento israelita contra a escola.

Países árabes condenam ataque israelita contra escola em Gaza

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O Egito, a Jordânia e a Arábia Saudita condenaram hoje o bombardeamento israelita contra a escola Al Tabaín, na cidade de Gaza, no qual mais de 100 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, segundo o grupo Hamas.

Lusa | 13:48 - 10/08/2024

Por sua vez, o Qatar, que desempenha o papel de mediador entre Israel e o Hamas, pediu uma "investigação internacional urgente" após o ataque.

Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar solicitou "o envio de funcionários independentes da ONU para investigar o ataque contínuo das forças de ocupação israelitas contra escolas e abrigos para as pessoas deslocadas".

Também uma representação da Argélia no Conselho de Segurança da ONU solicitou uma reunião de emergência deste organismo devido ao bombardeamento israelita.

Enquanto isso, o grupo xiita libanês Hezbollah convocou "movimentos e protestos" contra Israel pelo "horrível massacre".

"Nós, no Hezbollah, condenamos veementemente este horrível massacre e apelamos a todas as pessoas livres do mundo para que o condenem, ativem movimentos e protestos contra o governo assassino israelita", afirmou a organização num comunicado.

Também no Médio Oriente, o Irão classificou o ataque como um "genocídio, crime de guerra e crime contra a humanidade".

"O ataque atroz por parte desse regime contra os refugiados palestinianos que vivem na escola Al-Tabin demonstra uma vez mais que o regime de apartheid de Israel não cumpre com nenhuma das normas e regulamentos do direito internacional", afirmou em comunicado o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão.

O que aconteceu na escola Al-Tabai'een?

O ataque israelita à escola corânica matou cerca de 100 pessoas. Este foi um dos ataques com maior número de mortos desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 7 de outubro, desencadeado por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram ter "atacado com precisão os terroristas do Hamas que operavam dentro de um centro de comando e controlo do Hamas localizado na escola Al-Tabai'een". Posteriormente, confirmaram ter matado 19 "terroristas" na operação.

Ataque israelita mata mais de 100 pessoas em escola de Gaza

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A Proteção Civil da Faixa de Gaza, controlada pelo movimento islamita palestiniano Hamas, disse hoje que um ataque lançado por Israel contra uma escola na cidade de Gaza matou mais de 100 pessoas.

Lusa | 06:17 - 10/08/2024

O centro de comando e controlo serviu de "covil para terroristas e comandantes do Hamas", a partir do qual foram planeados e preparados vários ataques contra o exército israelita, disseram as FDI, em comunicado.

De acordo com a imprensa controlada pelo Hamas, a escola, situada junto a uma mesquita no bairro de Daraj Tuffah, acolhia cerca de 250 pessoas deslocadas, mais de metade das quais eram crianças e mulheres.

[Notícia atualizada às 20h17]

Leia Também: Israel anuncia morte de oficial dos serviços secretos do Hamas em Gaza

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