Mais de 76 mil habitantes de Kursk deslocados para locais seguros
Mais de 76.000 pessoas que vivem na região russa de Kursk, na fronteira com a Ucrânia, foram retiradas para "locais seguros" desde a incursão das forças de Kiev, disse hoje um funcionário citado pelos meios de comunicação russos.
© Russian Emergencies Ministry/Anadolu via Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
"Mais de 76.000 pessoas foram temporariamente retiradas para áreas seguras", disse Artiom Sharov, representante do Ministério para Situações de Emergência russo, citado pela agência TASS numa conferência de imprensa.
"Um centro de operações interdepartamental está a prestar assistência à população nas zonas fronteiriças da região de Kursk, funcionando a partir desta cidade. A prioridade é a deslocação dos residentes destas zonas para regiões mais seguras. No total, mais de 76.000 pessoas já foram realojadas desde o início da operação", disse Sharov, citado pela agência noticiosa russa TASS.
"Até à data, há um total de 60 pontos de receção que acolhem mais de 4 400 pessoas e 26 pontos de receção temporários na região de Kursk. Existem também pontos de receção temporários em Oryol, Moscovo, Tula, Voronezh, Lipetsk, Kaluga e Tver", acrescentou.
Kursk encontra-se em estado de emergência desde a noite de 07 de agosto, um dia e meio depois das primeiras notícias das incursões ucranianas - cerca de 300 soldados com onze tanques e 200 veículos blindados atravessaram a fronteira a partir da região de Sumi, no norte da Ucrânia - que, segundo a Rússia, causaram até agora cinco mortos e 66 feridos, incluindo nove crianças.
O avanço das tropas ucranianas que invadiram a região russa de Kursk na terça-feira abrandou hoje com a chegada de reforços de Moscovo, mas a atividade das forças de Kyiv provocou receios de novos ataques transfronteiriços em grande escala.
"As tentativas das unidades inimigas de penetrar em território russo foram repelidas no último dia", declarou o Ministério da Defesa russo em comunicado.
Moscovo sublinhou que as unidades do agrupamento Sever (Norte) e a aviação russa, bem como os reforços que chegaram a Kursk entre sexta-feira e hoje, continuam a combater o inimigo, causando até 175 baixas num dia.
No total, a Ucrânia sofreu mais de 1.100 baixas desde o início da incursão, segundo a Defesa.
Ao mesmo tempo, a Rússia garantiu que continua a lutar contra o inimigo também no Donbass, onde o exército russo melhorou as suas posições em vários setores da linha da frente durante o último dia.
As escassas informações sobre a ofensiva ucraniana e o silêncio das autoridades de Kyiv não permitem aos analistas avaliar corretamente a sua dimensão.
NO entanto, no seu último relatório diário, o Instituto para o Estudo da Guerra afirmou que as tropas ucranianas tinham conseguido avançar 20 quilómetros para o território russo e não 35, como tinha sido noticiado na sexta-feira.
Além disso, embora tenha sido divulgado um vídeo na sexta-feira à noite que mostra soldados ucranianos perto do centro da cidade de Sudzha, a cerca de oito quilómetros da fronteira, aquele instituto não conseguiu confirmar que a cidade está totalmente sob controlo ucraniano.
Fontes militares russas referiram, entretanto, que as forças russas conseguiram travar o avanço ucraniano em direção a Lgov e Korenevo, na região de Kursk.
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