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Egito e Qatar pedem "compromisso positivo" dos EUA nas discussões
O Egito e o Qatar recordaram hoje aos Estados Unidos a necessidade de manter um "compromisso positivo" e participar "com vontade política" nas negociações previstas a partir de quinta-feira em Doha sobre um cessar-fogo em Gaza.
© Getty Images
Mundo Médio Oriente
Num telefonema com o secretário de Estado norte-americano (equivalente a ministro dos Negócios Estrangeiros), Antony Blinken, o chefe da diplomacia egípcia, Badr Abdelatty, destacou ser necessário "um compromisso positivo com os esforços de mediação do Egito, do Qatar e dos EUA, e de se empenhar seriamente e com verdadeira vontade política nas negociações de cessar-fogo", segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio.
O êxito desta importante reunião, na qual o grupo islamita palestiniano Hamas anunciou que não participará, é "a única forma de travar a escalada na região e conter as tentativas de alargar o círculo do conflito", segundo o comunicado.
Durante o telefonema, os dois diplomatas analisaram os esforços para alcançar uma trégua em Gaza, onde cerca de 40.000 pessoas morreram desde 07 de outubro em consequência da ofensiva israelita no enclave palestiniano.
Abdelatty apelou à "rapidez" na obtenção de uma trégua, bem como à permissão de "acesso humanitário total" a Gaza, onde a ajuda tem chegado a conta-gotas desde o início da guerra e ainda mais desde a tomada por Israel da passagem de Rafah, fechada desde maio e que liga o enclave ao Egito.
Por seu lado, o primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, discutiu com Blinken "os esforços conjuntos de mediação para pôr fim à guerra", bem como "as atuais tensões no Médio Oriente", exacerbadas pelo assassinato em Teerão, no final de julho, do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh.
Na semana passada, o Qatar, os Estados Unidos e o Egito apelaram a Israel e ao Hamas para que retomassem as negociações com vista a uma trégua em Gaza a 15 de agosto, apelando a que se chegue a um acordo sem mais demoras.
O Hamas afirma que não participará na reunião e pede que se aplique o que já foi acordado, com base no roteiro proposto pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, embora porta-vozes dos EUA tenham assegurado que o Qatar está a trabalhar para garantir que o grupo islamita esteja representado na reunião.
O encontro começa na capital do Qatar esta quinta-feira e deverá prolongar-se durante vários dias, segundo um alto responsável dos EUA.
Leia Também: Netanyahu confirma: 'Secretas' de Israel vão até Doha para negociar paz
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