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Bombeiros conseguiram controlar incêndio à volta de Atenas

Os bombeiros gregos conseguiram controlar o pior incêndio florestal do ano, que durante quase três dias devastou 10.000 hectares perto de Atenas, mas continuam alerta para extinguir os pequenos focos que ainda ocorrem na zona.

Bombeiros conseguiram controlar incêndio à volta de Atenas
Notícias ao Minuto

19:52 - 14/08/24 por Lusa

Mundo Atenas

Segundo a estação de rádio Skai, na manhã de hoje foram registados pequenos focos de incêndio na zona de Erythros, em Nea Makris, rapidamente controlados com a ajuda de dois aviões e cinco helicópteros-tanque.

 

Os bombeiros continuam a patrulhar a região para controlar eventuais reacendimentos.

O grande incêndio deflagrou no domingo na região da Ática, nos arredores de Atenas, e, alimentado por ventos fortes, propagou-se rapidamente à malha urbana da capital, matando uma pessoa e causando um rasto de destruição.

Dezenas de milhares de pessoas tiveram de abandonar as suas casas face ao rápido avanço das chamas, que devastaram casas, lojas e automóveis, bem como culturas e vegetação.

Devido à secura do terreno e às elevadas temperaturas, o solo continua a "fumegar" em muitas zonas, mesmo nos locais onde o incêndio já foi extinto.

Foi um "incêndio muito difícil, talvez o mais difícil que enfrentámos nos últimos anos", disse ao Skai o presidente do sindicato dos bombeiros, Kostas Tsigas.

Nunca antes um incêndio florestal se tinha aproximado tanto do tecido urbano de Atenas, que ficou envolto em fumo denso.

O sistema europeu de satélites Copernicus calcula que os danos tenham atingido cerca de 471 hectares de zonas urbanas e afetado aproximadamente 4.200 pessoas.

Enquanto as autoridades tentam determinar as causas do incêndio, os habitantes que tinham sido retirados começam a regressar e a lidar com os danos materiais nas suas casas, informa o portal Vradini.gr.

De acordo com um primeiro balanço apresentado na véspera numa reunião ministerial presidida pelo primeiro-ministro conservador, Kyriakos Mitsotakis, menos de 10% dos hectares ardidos são zonas florestais e cerca de uma centena de edifícios foram danificados.

Enquanto investigam a origem do incêndio, as autoridades estão a avaliar se este poderá ter sido causado por um cabo elétrico partido num poste, noticia o diário Kathimerini.

O partido socialista PASOK convocou hoje um debate parlamentar sobre o incêndio, agendado para setembro.

O partido da oposição Syriza criticou o serviço de proteção civil do atual Governo considerando que a "coordenação foi completamente ineficaz" e por operar com "falta de pessoal e de equipamento".

A operação grega de combate às chamas contou com a assistência do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia, bem como com o apoio da Itália, França, Sérvia, República Checa, Turquia, Jordânia, Malta e Roménia, disse o ministro grego da Proteção Civil, Vasilis Kikilias, nas redes sociais.

A Grécia prevê temperaturas de até 40 graus Celsius nas próximas horas, mantendo um risco de fogo muito elevado na região para quinta-feira.

Trinta e sete por cento das florestas em redor da capital grega foram devastadas por incêndios nos últimos oito anos, segundo dados do Observatório Nacional de Atenas.

Leia Também: Prossegue quarto dia de combate a incêndio em torno de Atenas

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