Capitão de iate que afundou em Itália recusou responder a procuradores
A defesa do capitão do 'Bayesian' apresentou duas "razões fundamentais" para ter sido utilizado o "direito de permanecer em silêncio".
© ALBERTO PIZZOLI/AFP via Getty Images
Mundo Itália
O capitão do iate de luxo 'Bayesian', que naufragou na semana passada ao largo de Sicília, em Itália, recusou responder aos procuradores italianos após ter começado a ser investigado por suspeita de homicídio involuntário múltiplo.
"O capitão exerceu o seu direito de permanecer em silêncio por duas razões fundamentais", disse o advogado Giovanni Rizzuti aos jornalistas, citado pela agência de notícias Reuters.
"Primeiro, ele está muito desgastado. Em segundo lugar, fomos nomeados apenas na segunda-feira e, para uma defesa completa e correta, precisamos de adquirir um conjunto de dados que, de momento, não temos", explicou.
O capitão James Cutfield, de 51 anos e de nacionalidade neozelandesa, foi um dos sobreviventes do naufrágio e foi colocado sob investigação na segunda-feira, uma semana após o incidente.
Entre as questões que o Ministério Público quer esclarecer - e que diz só ser possível após os escombros da embarcação serem recuperados do fundo do mar - está a demora de mais de meia-hora (32 minutos) entre o início do naufrágio e o disparo de um sinalizador de socorro desde um dos botes salva-vidas, ocorrido às 04h38 da madrugada de 19 de agosto, o papel do membro da tripulação que se encontrava de serviço na ponte, que tinha nos ecrãs os últimos avisos meteorológicos e o botão para selar todas as portas e escotilhas do veleiro, e se uma das portas laterais ficou aberta, permitindo a entrada de água.
O iate de luxo pertencia ao magnata britânico Mike Lynch, que foi uma das vítimas mortais, juntamente com a sua filha Hannah, de 18 anos. Além de Lynch e Hannah, morreram o presidente da Morgan Stanley International, Jonathan Bloomer, a sua mulher, Anne Elizabeth Judith Bloomer, um advogado de Lynch, Chris Morvillo, e a sua mulher, Nada Morvillo, e um membro da tripulação, Ricardo Thomas, que trabalhava como cozinheiro a bordo.
No momento do naufrágio, que ocorreu durante uma forte tempestade, estavam 22 pessoas a bordo do iate: 12 passageiros e 10 tripulantes. Quinze foram resgatadas com vida pela guarda costeira.
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