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EUA acusam Rússia de tentar interferir nas presidenciais de novembro

O Departamento de Justiça norte-americano acusou dois funcionários da estação russa RT e apreendeu 32 domínios da Internet.

EUA acusam Rússia de tentar interferir nas presidenciais de novembro
Notícias ao Minuto

20:56 - 04/09/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo EUA

Os Estados Unidos indiciaram, esta quarta-feira, dois funcionários da emissora estatal russa RT - anteriormente denominada de Russia Today - e acusaram o Kremlin de levar a cabo uma operação secreta para interferir nas eleições presidenciais de novembro.

 

Segundo a CNN Internacional, a RT e dois dos seus gestores sediados em Moscovo orquestraram "um esquema de 10 milhões de dólares para criar e distribuir conteúdos para o público americano com mensagens ocultas do governo russo".

O Departamento de Justiça apreendeu também 32 domínios da Internet utilizados por "atores russos" para a alegada operação. 

Em comunicado, a procuradora-geral adjunta norte-americana, Lisa Monaco, adiantou ainda que, "sob a direção do presidente russo, Vladimir Putin, três empresas russas utilizaram perfis falsos para promover narrativas falsas nas redes sociais". 

Já de acordo com o procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, o conteúdo era consistente com o objetivo da Rússia de promover as divisões entre Donald Trump e Kamala Harris, havendo ainda publicações anti-Ucrânia.

"O povo americano tem o direito de saber quando uma potência estrangeira está a tentar explorar a livre troca de ideias do nosso país para enviar a sua própria propaganda", disse o responsável, citado pela CBS News.

As medidas, segundo foi hoje anunciado, representam um esforço do governo de Washington para travar uma ameaça persistente da Rússia que as autoridades norte-americanas há muito alertam que tem o potencial de semear a discórdia e criar confusão entre os eleitores.

Washington disse que a Rússia continua a ser a principal ameaça às eleições, mesmo enquanto o FBI investiga um 'hacking' da campanha do republicano Donald Trump pelo Irão e uma tentativa de violação da campanha dos democratas.

O processo criminal os dois elementos da RT, uma entidade de comunicação social financiada pelo Estado russo suspeita de financiar secretamente uma empresa de criação de conteúdos sediada no Tennessee para publicar quase 2.000 vídeos de propaganda russa.

Os arguidos usaram identidades falsas e a empresa não sabia que estavam a ser usadas pela Rússia.

Por seu lado, o Departamento do Tesouro sancionou hoje duas entidades russas e dez pessoas, várias delas jornalistas e diretores do canal RT.

As sanções são dirigidas a vários trabalhadores da cadeia RT, incluindo a sua editora-chefe, Margarita Simonian, e duas organizações acusadas de realizar campanhas de desinformação, por tentarem influenciar estas presidenciais previstas para novembro de 2024.

O Departamento do Tesouro acusou a RT de recrutar "discretamente" e sem o seu conhecimento "influenciadores" norte-americanos para realizarem as suas ações durante a campanha eleitoral, com vista a interferir nos resultados eleitorais.

"Os intervenientes patrocinados pelo Estado russo utilizam há muito tempo uma variedade de ferramentas, como a inteligência artificial e a desinformação, para minar a confiança nos processos e instituições eleitorais dos EUA", afirmou o Gabinete de Controlo de Ativos Estrangeiros (OFAC).

Entre as dez pessoas nomeadas está Simonian, colocada como uma "figura central nos esforços do Governo russo para influenciar de forma espúria" as eleições e responsável por permitir as operações da empresa de fachada que a RT usou para tentar influenciar os eleitores nos Estados Unidos.

São também sancionados os editores-chefes adjuntos Elizaveta Brodskaia e Anton Anisimov, entre outros.

As empresas designadas são a ANO Dialog e a sua subsidiária ANO Dialog Regions, bem como o seu diretor Vladimir Tabak, acusados de campanhas de desinformação e manipulação.

As pessoas e entidades abrangidas passam a ter todas as suas propriedades, interesses ou participações, independentemente do seu grau, bloqueadas em território norte-americano e da mesma forma qualquer entidade ou empresa financeira está proibida de qualquer tipo de atividade ou transação com as mesmas.

[Notícia atualizada às 21h20]

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