Ativista sul-africano Pravin Gordhan morreu vítima de cancro
O antigo ministro da África do Sul e ativista contra o regime segregacionista 'apartheid' Pravin Gordhan morreu esta madrugada em Joanesburgo, depois de uma "curta e valente batalha contra o cancro", anunciou hoje a família.
© Lusa
Mundo Pravin Gordhan
"Faleceu pacificamente no hospital esta manhã, rodeado pela família, pelos seus amigos mais próximos e pelos seus camaradas de sempre na luta pela libertação", declarou a família do político num comunicado citado pela agência espanhola de notícias, a EFE.
Gordhan, que tinha raízes indianas e nasceu a 12 de abril de 1949 na cidade de Durban, na província oriental do Natal, era licenciado em farmácia, e foi duas vezes ministro das Finanças, entre 2009 e 2014, e depois entre 2015 e 2017, tendo sido também ministro da Governação Cooperativa e dos Assuntos Tradicionais, em 2014 e 2015, durante os governos do antigo Presidente Jacob Zuma.
Durante o mandato do atual Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, ocupou a pasta das Empresas Públicas de 2018 até março, altura em que se retirou da política.
Ramaphosa lamentou o falecimento deste "ativista durante toda a vida" e expressou condolências à mulher, às duas filhas e aos irmãos.
"Perdemos um líder extraordinário, cuja personalidade despretensiosa desmente a profundidade do intelecto, a integridade e a energia com que assumiu o ativismo, os deveres como parlamentar e as funções como membro do Conselho de Ministros", afirmou Ramaphosa.
A imprensa local destacou a sua "resistência inabalável" ao período da chamada 'captura do Estado', referindo-se à corrupção que afetou a administração pública durante os anos de Zuma como Presidente, entre 2009 e 2018.
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