Londres convoca embaixador russo após Moscovo acusar espionagem
O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico anunciou ter convocado hoje o embaixador russo em Londres, Andreï Kelin, após acusações de espionagem feitas por Moscovo contra seis diplomatas britânicos em Moscovo, cuja acreditação foi retirada há uma semana.
© Reuters
Mundo Rússia/Ucrânia
"O Reino Unido condena nos termos mais fortes possíveis a campanha pública de agressão sem precedentes e infundada da Rússia contra o Reino Unido, incluindo as acusações maliciosas e completamente infundadas feitas na semana passada contra funcionários do Departamento de Negócios de Países Estrangeiros", lê-se num comunicado do Foreign Office.
No documento, Londres critica comportamentos "totalmente inaceitáveis" e "contrários aos padrões de conduta entre Estados".
Esta campanha, prossegue o Governo britânico, visa "minar e ameaçar a segurança e a democracia do Reino Unido e dissuadir o nosso apoio à Ucrânia, através da desinformação, de atos de sabotagem na Europa e de assédio e restrições contra as nossas missões diplomáticas na Rússia", denuncia o ministério.
"Esta campanha não terá sucesso. A Rússia deve parar imediatamente estas atividades", conclui.
A 13 deste mês, o Serviço de Segurança Russo (FSB, serviços secretos) anunciou ter retirado o credenciamento a seis diplomatas da embaixada britânica em Moscovo, afirmando suspeitar de espionagem.
O anúncio foi feito no mesmo dia de uma reunião em Washington entre o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para discutir uma possível luz verde do Ocidente para o uso pela Ucrânia de mísseis de longo alcance contra a Rússia, um assunto que desencadeou uma nova onda de tensões com Moscovo.
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