EUA instam cidadãos a abandonar o Líbano enquanto há voos comerciais
"Devido à natureza imprevisível do conflito entre o Hezbollah e Israel", explica o Departamento de Estado dos EUA.
© ANWAR AMRO/AFP via Getty Images
Mundo Israel/Palestina
O Departamento de Estado dos Estados Unidos instou os seus cidadãos a abandonarem o Líbano "via opções comerciais enquanto ainda estão disponíveis".
Num comunicado publicado no seu website, o Departamento de Estado explicou que "devido à natureza imprevisível do conflito em andamento entre o Hezbollah e Israel e às recentes explosões em todo o Líbano, incluindo Beirute, a Embaixada dos EUA pede aos cidadãos americanos que deixem o Líbano enquanto as opções comerciais ainda estiverem disponíveis".
"De momento, há voos comerciais disponíveis, mas com capacidade reduzida. Se a situação de segurança piorar, as opções comerciais para partir podem ficar indisponíveis. Verifique as opções de voo no Aeroporto Internacional de Beirute - Rafic Hariri. A Embaixada dos EUA pode não conseguir ajudar cidadãos americanos que optarem por permanecer", alertou.
Aqueles que optem por ficar no Líbano, apesar dos avisos, devem estar "preparados para se abrigarem caso a situação piore ainda mais".
"A Embaixada dos EUA encoraja fortemente os cidadãos americanos no sul do Líbano, perto das fronteiras com a Síria e/ou em assentamentos de refugiados a deixarem essas áreas imediatamente", lê-se na mesma missiva, onde se sugere também que os cidadãos norte-americanos evitem viajar para o Líbano, "devido a crimes, terrorismo, agitação civil, sequestros, minas terrestres não detonadas e risco de conflito armado".
Dezenas de aviões de combate israelitas realizaram hoje intensos bombardeamentos contra o sul do Líbano, um reduto do Hezbollah, um dia após um ataque de Israel que decapitou a unidade de elite do movimento libanês e matou um total de 37 pessoas.
O mais recente balanço de vítimas do ataque israelita de sexta-feira a um bairro no sul de Beirute aponta para 37 mortes, entre eles três crianças, e 68 feridos, indicou hoje o ministro da Saúde libanês, Firass Abiad.
Esta escalada, que suscita receios de uma guerra em grande escala, levou o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, a cancelar a viagem à ONU em Nova Iorque, apelando ao "fim dos terríveis massacres israelitas".
O Hezbollah, um poderoso ator político e militar no Líbano, abriu uma frente com o país vizinho Israel em "apoio" ao Hamas, seu aliado, um dia após o início da guerra em Gaza desencadeada por um ataque sem precedentes por parte do movimento islâmico palestiniano, em 07 de outubro de 2023.
Israel jurou destruir o Hamas em Gaza e, nas últimas semanas, aumentou os ataques e ameaças contra o Hezbollah, cujos ataques com foguetes contra o norte de Israel, mesmo que a grande maioria sejam intercetados, forçaram dezenas de milhares de residentes a fugir.
[Notícia atualizada às 23h54]
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