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UE inicia processo para reduzir proteção de lobos

Os Estados-membros da União Europeia (UE) aprovaram hoje, a nível de embaixadores, a redução do nível de proteção estrita do lobo, proposta pela Comissão Europeia, mas que tem ainda de ter luz verde internacional.

UE inicia processo para reduzir proteção de lobos
Notícias ao Minuto

25/09/24 13:47 ‧ Há 4 Horas por Lusa

Mundo Lobo

A UE quer que o nível de proteção do lobo deixe de ser 'estrita', passando a simples, o que facilita a eliminação de indivíduos quando a população cresce demasiado, decisão defendida pelo setor agrícola e contestada pelos ambientalistas.

 

Esta posição tem ainda de ser aprovada pela Convenção de Berna sobre a Conservação da Vida Selvagem e dos Habitats Naturais da Europa.

A Comissão Europeia, que propôs esta alteração em dezembro, reagiu adiantando, através de um porta-voz, que "adaptar o estatuto de proteção será um passo importante para enfrentar os desafios colocados pelo aumento das populações de lobo, mantendo o objetivo global de alcançar e manter um estado de conservação favorável da espécie".

Bruxelas destacou que a proposta diz apenas respeito ao lobo, não sendo extensível a outros grandes carnívoros.

A proposta passou no Coreper (onde estão representados os embaixadores dos 27 junto da UE) com maioria qualificada, incluindo o voto favorável de Portugal, de acordo com fonte europeia, onde o lobo é classificado como espécie estritamente protegida, ao abrigo da Lei n.º 90/88 de 13 de agosto e do Decreto-Lei 54/2016 de 02 de agosto.

O Ministério do Ambiente disse à Lusa numa nota escrita na terça-feira que "o Estado Português não se deverá opor a alterações que outros estados queiram promover nesta área, desde que isso não implique a alteração na política nacional de proteção do Lobo Ibérico que tem vindo a ser prosseguida nas últimas décadas".

"A política protecionista do Lobo Ibérico é equilibrada, tem tido sucesso, funciona com um sistema de compensações eficiente e é uma bandeira das políticas de conservação da natureza em Portugal. É uma política que pretendemos manter inalterada no território nacional", acrescenta a tutela à Lusa.

De acordo com dados da Liga para a Proteção da Natureza, em Portugal, esta espécie encontra-se distribuída apenas no Centro-Norte e Norte. Considera-se haver em Portugal duas populações: uma a norte do rio Douro, maior e que abrange cerca de 50 alcateias, em comunidade com a grande população do lado Espanhol e outra a sul do Douro, mais fragmentada e abrangendo apenas cerca de 10 alcateias e isolada das restantes populações. Estima-se que o efetivo populacional em Portugal varie entre os 200 e os 400 indivíduos, representando cerca de 15% da população ibérica.

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