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Exército libanês nega retirada da fronteira sul: "Reposicionamento"

O exército libanês garantiu hoje que não se retirou da fronteira com Israel, apesar de terem sido divulgadas informações nesse sentido, explicando que está apenas a reposicionar-se face aos ataques "cada vez mais bárbaros" do "inimigo israelita".

Exército libanês nega retirada da fronteira sul: "Reposicionamento"
Notícias ao Minuto

10:27 - 01/10/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

"As unidades militares destacadas no sul estão a proceder a um reposicionamento de alguns pontos de observação avançados", até porque "o inimigo israelita está a realizar ataques cada vez mais bárbaros contra várias regiões libanesas", afirmou o exército numa publicação na rede social X.

 

Sublinhando que mantém a "cooperação e coordenação" com a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil), o exército garantiu que as informações divulgadas por alguns meios de comunicação social sobre a retirada dos postos fronteiriços no sul "são imprecisas".

A posição do exército libanês surge depois de Israel ter desencadeado uma operação "seletiva e limitada" naquele país vizinho, argumentando ter como alvo "terroristas e infraestruturas" do grupo xiita libanês pró-Irão Hezbollah, que considera "uma ameaça imediata e real".

A ofensiva insere-se na Operação 'Setas do Norte', a campanha militar que começou há pouco mais de uma semana contra alvos do Hezbollah e decorrerá "ao mesmo tempo que os combates em Gaza e noutras zonas".

O Hezbollah tem lançado ataques contra o norte de Israel desde outubro do ano passado, em solidariedade com Gaza. 

Israel intensificou a sua ofensiva contra a milícia libanesa em meados deste mês e, em apenas quinze dias, eliminou grande parte da sua direção com ataques no Líbano, com destaque para o líder do movimento xiita pró-iraniano, Hassan Nasrallah.

As Forças de Defesa de Israel já tinha matado este mês o chefe das operações militares e das forças de elite, Ibrahim Aqil, num outro ataque em Beirute.

Israel e Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado diário desde 07 de outubro de 2023, após o ataque do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza, levando a que dezenas de milhares de pessoas tenham abandonado as suas casas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.

Leia Também: ONU pede 400 milhões de dólares de ajuda aos deslocados do Líbano

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