Ataque do Irão é "totalmente inaceitável" e deve ser condenado
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, considerou hoje o ataque do Irão contra Israel "totalmente inaceitável", acrescentando que "o mundo inteiro" deve condenar a ação de Teerão.
© ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP via Getty Images
Mundo Médio Oriente
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, considerou hoje o ataque do Irão contra Israel "totalmente inaceitável", acrescentando que "o mundo inteiro" deve condenar a ação de Teerão.
"Os primeiros relatórios sugerem que Israel, com o apoio ativo dos Estados Unidos e de outros parceiros, frustrou efetivamente este ataque", destacou, referindo que o Irão terá disparado cerca de "200 mísseis balísticos".
"Demonstrámos mais uma vez o nosso compromisso com a defesa de Israel", frisou, numa breve declaração aos jornalistas.
O conselheiro de segurança nacional norte-americano, Jake Sullivan, estimou, por sua vez, que o ataque do Irão foi ineficaz e travado pelas forças israelitas, apoiadas pelos Estados Unidos.
Sullivan garantiu que os Estados Unidos mobilizaram contratorpedeiros para defender Israel e uma resposta futura contra o Irão será tomada em consultas com o seu aliado israelita.
Washington irá continuar a monitorizar possíveis ameaças do "Irão e dos seus grupos satélites", garantiu.
Também o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, adiantou que os EUA querem coordenar com Israel uma resposta ao Irão.
"É claro que este ataque deve ter consequências para o Irão. Não vou insistir nessas consequências hoje, mas há coisas que iremos coordenar com os nossos homólogos israelitas", destacou, em declarações aos jornalistas.
Os contratorpedeiros norte-americanos, sediados na base naval de Rota (Espanha), intercetaram vários mísseis iranianos dirigidos a Israel a partir do Mediterrâneo oriental, adiantaram fontes do Pentágono ao jornal The Washington Post, citado pela agência Efe.
Segundo o jornal norte-americano, os contratorpedeiros USS Arleigh Burke, USS Cole e USS Bulkeley intercetaram alguns dos cerca de 200 mísseis balísticos lançados esta noite pelo Irão contra Israel.
Fontes do Departamento de Defesa norte-americano referiram à estação Fox News que a Marinha dos EUA usou mísseis SM-3 para intercetar os mísseis direcionados para Israel.
Além disso, vários contratorpedeiros norte-americanos no mar Vermelho participaram na resposta ao ataque iraniano que, segundo fontes citadas pelo canal, foi comunicado antecipadamente por Teerão até Washington através de canais de comunicação estabelecidos entre os dois países rivais.
O Presidente dos EUA, Joe Biden, que deu ordens para que as forças norte-americanas intercetassem os projéteis, e a vice-presidente, Kamala Harris, monitorizaram a resposta ao ataque iraniano desde a Casa Branca.
O Irão disparou hoje dezenas de mísseis contra Israel, em resposta ao assassinato dos seus aliados, os líderes do Hezbollah libanês e do Hamas palestiniano, executando o segundo ataque deste tipo em quase seis meses.
O porta-voz das FDI, Daniel Hagari, garantiu que o ataque do Irão "terá consequências".
"Estamos em alerta máximo defensiva e ofensivamente, vamos proteger os cidadãos de Israel. Este disparo [de mísseis] terá consequências. Temos planos e vamos agir na hora e no local que escolhermos", frisou o contra-almirante.
Por volta das 20:20 (18:20 em Lisboa), o Exército já alertava os israelitas, através de mensagens eletrónicas, que já não havia riscos de ataques e que poderiam deixar os 'bunkers' e outros espaços seguros. Pouco depois, Israel reabriu o seu espaço aéreo.
É o primeiro ataque do Irão contra Israel desde 13 de abril, quando enviou mais de 200 'drones' e mísseis contra o território israelita, a maioria destes intercetados fora das suas fronteiras com a ajuda dos Estados Unidos, França e Jordânia, entre outros aliados, que já tinham sido alertados.
[Notícia atualizada às 21h23]
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