UE condena "grave ameaça" à segurança após ataque do Irão a Israel
A União Europeia (UE) frisou hoje que os ataques do Irão contra Israel constituem "uma séria ameaça" à segurança regional, alertando que a escalada corre o risco de ficar "fora de controlo", numa condenação acompanhada por vários países europeus.
© REUTERS/Johanna Geron
Mundo Médio Oriente
"A UE condena nos termos mais veementes o ataque do Irão contra Israel. O perigoso ciclo de ataques e retaliações corre o risco de ficar fora de controlo. É necessário um cessar-fogo imediato em toda a região. A UE continua plenamente empenhada em contribuir para evitar uma guerra regional", destacou o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell.
O Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, manifestou-se na mesma linha, condenando "nos termos mais fortes" o ataque do Irão contra Israel, por ser "uma ameaça à segurança regional".
Michel lembrou ainda que a UE está pronta para "apoiar os esforços para acalmar e proteger as vidas dos civis".
Pouco antes, Peter Stano, porta-voz do Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE), chefiado por Borrell, tinha alertado que as "sucessivas vagas de ataques e represálias alimentaram uma espiral de conflitos incontroláveis".
Stano destacou ainda que a UE "mantém contactos estreitos com todas as partes interessadas" na desescalada do conflito.
A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, condenou, através da rede social X, o ataque do Irão, alertando que "aproxima a região do abismo".
Também o chefe do Governo da Áustria, o conservador Karl Nehammer, destacou no X: "Condenamos veementemente o lançamento de mísseis pelo Irão contra Israel e a sua população civil. Exigimos que o Irão cesse imediatamente as hostilidades contra o Estado de Israel e apoiamos a ação de Israel direito de se defender plenamente.
O primeiro-ministro checo, o conservador Petr Fiala, reafirmou, por sua vez, o apoio do seu país a Israel numa breve mensagem: "Estamos com Israel! Como sempre".
Já a ministra dos Negócios Estrangeiros da Roménia, Luminita Odobescu, manifestou a solidariedade do seu país para com Israel e sublinhou o direito do Estado israelita de se defender contra estes ataques.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros croata também se juntou às condenações, qualificando o ataque de indiscriminado e destacando a necessidade de uma solução política para a crise atual.
Da Eslovénia, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Tanja Fajon, manifestou preocupação com a escalada na região: "Condeno firmemente a escalada do conflito no Médio Oriente com o ataque do Irão a Israel. O que vemos na região é uma escalada em vez de uma desescalada. Novos incêndios em vez de um cessar-fogo".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros búlgaro também manifestou a sua condenação, destacando a necessidade de manter a estabilidade regional: "Condenamos veementemente os ataques com mísseis do Irão contra Israel e apoiamos a estabilidade regional e a segurança do Estado de Israel".
O Irão lançou hoje cerca de 200 mísseis contra Israel, em retaliação pelos assassinatos do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, do chefe do Hezbollah, Hasan Nasrallah, e de um general iraniano.
Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), a maioria dos mísseis foi intercetada com o apoio dos Estados Unidos, que já garantiu que vai coordenar com os israelitas a resposta a Teerão.
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