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Alto-comissário da ONU implora à comunidade internacional que atue

O alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, implorou hoje à comunidade internacional que atue "com determinação" para prevenir "um conflito mais vasto no Médio Oriente", alertando para o risco de consequências "devastadoras" para os civis.

Alto-comissário da ONU implora à comunidade internacional que atue
Notícias ao Minuto

02/10/24 14:35 ‧ Há 4 Horas por Lusa

Mundo Médio Oriente

"Imploro a todos os Estados, incluindo os membros do Conselho de Segurança [das Nações Unidas], que atuem com determinação para evitar um conflito mais vasto no Médio Oriente com consequências potencialmente devastadoras para os civis", lê-se numa curta declaração do responsável da ONU, divulgada pelo seu gabinete, com sede em Genebra, Suíça.

 

Num breve comentário sobre a escalada das tensões no Médio Oriente, à luz do ataque da véspera levado a cabo pelo Irão contra Israel, com o lançamento de mísseis, como resposta aos bombardeamentos do exército israelita no Líbano, Volker Türk diz ser "vital" que os Estados "utilizem as suas vozes e influência para levar as partes beligerantes à mesa das negociações para pôr termo a esta situação".

"Apelamos à razão. A paz deve prevalecer", conclui o responsável máximo pelos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, cujo secretário-geral, António Guterres, foi hoje mesmo declarado «persona non grata» por Israel, alegadamente por o antigo primeiro-ministro português não ter condenado o ataque massivo do Irão a Israel na noite de terça-feira.

Na terça-feira, o secretário-geral da ONU condenou o alargamento do conflito no Médio Oriente "com escalada após escalada" e apelou a um cessar-fogo imediato após o Irão atacar Israel com mísseis.

Hoje de manhã, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, justificou a decisão de Israel de considerar António Guterres «persona non grata» por ser "um secretário-geral anti-Israel, que apoia terroristas, violadores e assassinos", argumentando que "qualquer pessoa que não possa condenar inequivocamente o ataque hediondo do Irão a Israel não merece pôr os pés em solo israelita".

O apelo do alto-comissário para os Direitos Humanos da ONU junta-se ao de muitas capitais, que exortam as partes a pôr fim à escalada de violência no Médio Oriente, num contexto em que Israel prometeu punir o Irão pelos mísseis disparados contra o seu território na terça-feira à noite, ameaçando Teerão com uma resposta ainda mais forte se o país for visado.

O Irão lançou na terça-feira o seu segundo ataque direto contra Israel na história, disparando cerca de 200 mísseis, incluindo mísseis hipersónicos, segundo Teerão, o que levou os civis israelitas a refugiarem-se em abrigos.

Da parte de Israel foi estimado o disparo de 180 mísseis disparados.

Os israelitas têm bombardeado redutos dos xiitas libaneses do Hezbollah, incluindo ataques violentos no sul de Beirute na madrugada de hoje.

Desde o mês passado, Israel divergiu a atenção da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque de 07 de outubro contra o seu território pelo movimento islamita palestiniano Hamas, para proteger a sua fronteira norte com o Líbano, onde o seu exército combate o Hezbollah.

O Hezbollah, aliado do Irão, lançou bombardeamentos de baixa intensidade contra as forças israelitas depois do 07 de outubro.

Para hoje à tarde está prevista uma reunião, por videoconferência, entre os líderes do G7, convocada pela presidência italiana, para discutir precisamente o agravamento da situação no Médio Oriente.

Leia Também: Médio Oriente. China insta potências a evitar que situação "se deteriore"

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