UE avança com ajuda humanitária de 30 milhões de euros ao Líbano
A União Europeia (UE) mobilizou hoje 30 milhões de euros para ajuda humanitária ao Líbano, devido ao conflito entre o grupo xiita libanês Hezbollah e Israel, anunciou a Comissão Europeia, admitindo estar "extremamente preocupada" com um alargamento regional.
© Lusa
Mundo Líbano
"À medida que prossegue a escalada das hostilidades entre o Hezbollah e Israel, a Comissão Europeia anunciou hoje mais 30 milhões de euros de ajuda humanitária para ajudar os mais necessitados no Líbano", indica o executivo comunitário em comunicado.
Citada pela nota, a presidente da instituição, Ursula von der Leyen, diz estar "extremamente preocupada com a constante escalada das tensões no Médio Oriente".
"Todas as partes devem fazer tudo o que estiver ao seu alcance para proteger as vidas de civis inocentes", apela a responsável, apontando que a ajuda humanitária hoje anunciada visa garantir "que os civis recebem a tão necessária assistência durante este período tão difícil".
"Continuamos a apelar a um cessar-fogo na fronteira com o Líbano e em Gaza, bem como à libertação de todos os reféns", adianta Ursula von der Leyen.
A verba hoje mobilizada pela UE vem juntar-se aos 10 milhões de euros já anunciados em 29 de setembro, elevando o total da ajuda humanitária europeia ao país para mais de 104 milhões de euros este ano.
Este novo pacote de ajuda de emergência fornecerá assistência alimentar urgente, abrigo e cuidados de saúde, entre outros apoios essenciais, sendo que a Comissão Europeia também está a facilitar a prestação de assistência material a Beirute através do Mecanismo de Proteção Civil da UE.
O conflito desencadeou uma deslocação sem precedentes da população no Líbano, tendo já provocado milhares de vítimas e feridos entre os civis.
Depois do ataque iraniano com 180 mísseis contra Israel na terça-feira, o grupo xiita libanês Hezbollah, aliado do Irão, lançou na quarta-feira cerca de 100 foguetes, sem causar feridos nem vítimas mortais.
De acordo com um comunicado militar israelita, foram detetados 70 lançamentos de foguetes num período de duas horas contra a zona da Galileia Ocidental, no norte de Israel, e os projéteis caíram em zonas abertas.
Da mesma forma, foram detetados outros dois mísseis que atravessaram a fronteira entre o Líbano e Israel e outros 30, novamente contra a Galileia Ocidental ao final da tarde, todos atingindo zonas despovoadas.
A ofensiva terrestre de Israel ocorreu após 10 dias de pesados bombardeamentos aéreos que fizeram quase dois mil mortos no sul e leste do Líbano e nos subúrbios do sul de Beirute, os principais redutos do Hezbollah no Líbano.
Os bombardeamentos mataram dirigentes do Hezbollah, incluindo o chefe máximo da organização apoiada pelo Irão, Hassan Nasrallah.
As tensões na região do Médio Oriente aumentaram após o ataque de 07 de outubro de 2023 do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita, que fez mais de 1.200 mortos, na maioria civis, e cerca de 250 reféns.
Em retaliação, o exército israelita iniciou uma guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza que já fez milhares de mortos e de feridos.
O cessar-fogo na Faixa de Gaza está a ser mediado, principalmente, pelos Estados Unidos, Egito e Qatar, que há meses buscam uma trégua entre Israel e o Hamas, mas as duas partes beligerantes não chegam a um acordo.
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