Bruxelas convoca núncio apostólico após comentário do Papa sobre o aborto
O primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, convocou Franco Coppola, representante do Vaticano em Bruxelas, após os comentários "inaceitáveis" de Francisco sobre o aborto, que considerou "um homicídio". Acusou, ainda, os médicos que levam a cabo abortos de serem "assassinos contratados".
© ERIC LALMAND/Belga/AFP via Getty Images
Mundo Espanha
O primeiro-ministro da Bélgica, Alexander De Croo, convocou o núncio apostólico no país, Franco Coppola, após os comentários "inaceitáveis" do Papa Francisco sobre o aborto.
O sumo pontífice considerou que o aborto é "um homicídio" e acusou os médicos que levam a cabo esta prática de serem "assassinos contratados", quando falava com jornalistas no voo de volta a Roma no domingo, após uma visita à Bélgica.
Segundo o POLITICO, a Universidade Livre de Bruxelas (VUB) instou o governo belga a responsabilizar o Vaticano pelas declarações.
"É absolutamente inaceitável que um chefe de estado estrangeiro faça tais declarações sobre a tomada de decisões democráticas no nosso país. Não precisamos de lições sobre como são aprovadas as nossas leis. Felizmente, o tempo em que a igreja ditava as leis no nosso país já passou há muito", disse De Croo, durante uma sessão na Câmara dos Representantes belga.
O parlamento da Bélgica decidiu, na semana passada, 'congelar' um projeto de lei que previa a expansão do acesso ao aborto de 12 para 18 semanas de gravidez. O tema tem gerado grande controvérsia nas bancadas parlamentares.
O aborto na Bélgica é legal desde 1990, ano em que o rei Balduíno, profundamente ligado à Igreja Católica, abdicou do trono durante um dia para que a lei fosse aprovada sem a sua assinatura.
Leia Também: De Ford a Trump, que primeiras-damas republicanas defenderam o aborto?
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com