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Israel não deu "garantia" de evitar atingir aeroporto de Beirute

O ministro dos Transportes libanês declarou esta terça-feira que apenas obteve "compromissos", mas nenhuma "garantia" firme, de que Israel não bombardeará o aeroporto de Beirute, próximo da periferia sul, um reduto do movimento xiita Hezbollah atualmente alvo de ataques diários.

Israel não deu "garantia" de evitar atingir aeroporto de Beirute
Notícias ao Minuto

08/10/24 17:44 ‧ Há 3 Horas por Lusa

Mundo Líbano

As autoridades "querem manter operacionais os terminais terrestres, marítimos e aéreos, a começar pelo aeroporto internacional Rafic Hariri", indicou Ali Hamié, citado pela agência noticiosa francesa, AFP.

 

"O inimigo [israelita] não poupa nem os civis nem os edifícios residenciais (...), como é que pode dar garantias?", questionou o ministro, acrescentando que, após "contactos internacionais", Beirute obteve "compromissos".

"E há uma grande diferença entre garantias firmes e compromissos", observou.

Na segunda-feira, Washington tinha advertido contra qualquer ataque ao aeroporto ou às estradas que a ele conduzem, nomeadamente para permitir que as pessoas que desejem abandonar o Líbano possam fazê-lo.

Todos os dias, apesar dos ataques que por vezes visam zonas próximas do aeroporto, a companhia aérea nacional do Líbano continua a descolar e a aterrar.

Hamié rejeitou as acusações israelitas de que estão a ser enviadas armas para o movimento xiita libanês Hezbollah através do aeroporto e dos postos fronteiriços nacionais.

"O aeroporto Rafic Hariri está sob a jurisdição legal do Líbano, com a cooperação das alfândegas, da segurança geral, das forças de segurança interna e do Exército", assegurou, acrescentando: "Qualquer avião militar ou que transporte armas deve obter uma autorização prévia do Exército" para aterrar.

Depois de ter enfraquecido o movimento islamita palestiniano Hamas durante uma ofensiva devastadora lançada em Gaza a 07 de outubro de 2023, em retaliação pelo ataque horas antes realizado pelo grupo a Israel, o Exército israelita transferiu, em meados de setembro deste ano, o essencial das suas operações para o Líbano, para combater o Hezbollah, aliado do Hamas.

Na sexta-feira, um ataque israelita cortou a principal estrada que liga o Líbano à Síria, e o posto fronteiriço de Masnaa, pelo qual centenas de milhares de pessoas entraram na Síria em fuga aos bombardeamentos, continua encerrado.

Israel acusa o Hezbollah de fazer circular armas por essa estrada.

Leia Também: Milhares manifestam-se em Teerão em apoio à aliança anti-Israel

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