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UE deplora exercícios militares chineses perto de território taiwanês

A União Europeia (UE) deplorou hoje os recentes exercícios militares realizados pela China perto do território de Taiwan, alertando Pequim contra decisões unilaterais que desencadeiem um conflito naquela antigo território chinês.

UE deplora exercícios militares chineses perto de território taiwanês
Notícias ao Minuto

14/10/24 12:45 ‧ Há 4 Horas por Lusa

Mundo Taiwan

Em comunicado, um porta-voz do Serviço de Ação Externa da UE disse que os exercícios militares realizados por Pequim em águas perto do território taiwanês "aumentam as tensões transfronteiriças".

 

"A UE reafirma que a paz e estabilidade no Estreito de Taiwan são de importância estratégica para a segurança e prosperidade regional e global", acrescentou o porta-voz.

O bloco comunitário tem "interesse direto na preservação do status quo de Taiwan" e "opõe-se a quaisquer ações unilaterais" que o alterem, "pela força ou coerção".

"Pedimos a todas as partes envolvidas para exercerem a máxima contenção, de modo a evitarem ações que aumentem as tensões no estreito, que devem ser resolvidas através do diálogo", completou o porta-voz europeu.

De acordo com o Ministério da Defesa de Taiwan, a China utilizou 125 aviões militares nos exercícios em questão.

Segundo o ministério, 90 dos aviões, incluindo aviões de guerra, helicópteros e veículos aéreos não tripulados ('drones'), foram vistos dentro da zona de identificação de defesa aérea de Taiwan.

A China afirmou que os exercícios militares em grande escala têm como objetivo advertir Taiwan contra tentativas de independência.

Pequim enviou um porta-aviões, outros navios e aviões de guerra em exercícios militares de grande escala em torno de Taiwan e das suas ilhas periféricas, simulando o bloqueio de portos importantes.

Os exercícios realizaram-se quatro dias depois de Taiwan ter celebrado a fundação do seu governo no Dia Nacional. O líder taiwanês, William Lai, afirmou num discurso que a República Popular da China não tem o direito de representar Taiwan e declarou o seu compromisso de "resistir à anexação ou usurpação".

"As nossas forças armadas irão definitivamente lidar com a ameaça da China de forma adequada", disse Joseph Wu, secretário-geral do Conselho de Segurança de Taiwan, num fórum em Taipé, a capital de Taiwan: "Ameaçar outros países com a força viola o espírito básico da Carta das Nações Unidas de resolver disputas por meios pacíficos."

O Gabinete Presidencial de Taiwan apelou à China para "cessar as provocações militares que prejudicam a paz e a estabilidade regionais e deixar de ameaçar a democracia e a liberdade de Taiwan".

O porta-voz do Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular da China, o capitão Li Xi, disse que a marinha, a força aérea do exército e o corpo de mísseis foram todos mobilizados para os exercícios, numa operação integrada.

"Este é um aviso importante para aqueles que apoiam a independência de Taiwan e um sinal da nossa determinação em salvaguardar a nossa soberania nacional", disse Li, citado pela imprensa oficial.

A ação de hoje é a quinta vez que a China recorre a este tipo de manobras desde 2022, altura em que levou a cabo a primeira deste calibre em resposta à visita da então Presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan, que enfureceu Pequim e elevou as tensões entre os dois lados do estreito a níveis nunca vistos em décadas.

Taiwan foi uma colónia japonesa antes de ser unificada com a China no final da Segunda Guerra Mundial. Os dois territórios vivem separados desde que em 1949 os nacionalistas de Chiang Kai-shek fugiram para a ilha, enquanto os comunistas de Mao Zedong assumiram o poder no continente chinês, no final da guerra civil.

Leia Também: EUA preocupados com exercícios militares da China ao largo de Taiwan

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