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Ajuda humanitária. Reino Unido apoia pressão dos EUA sobre Israel

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou hoje apoiar a pressão dos Estados Unidos sobre Israel para aumentar urgentemente a ajuda humanitária na Faixa de Gaza e revelou que o Reino Unido quer discutir o tema na ONU.

Ajuda humanitária. Reino Unido apoia pressão dos EUA sobre Israel
Notícias ao Minuto

16/10/24 13:51 ‧ Há 4 Horas por Lusa

Mundo Médio Oriente

Questionado hoje durante o debate semanal na Câmara dos Comuns (câmara baixa do parlamento britânico) sobre se concordava com a necessidade de uma "ação urgente" para resolver a crise humanitária naquele enclave palestiniano, cenário de uma guerra entre o Hamas e Israel desde outubro de 2023, Starmer disse concordar com a posição dos Estados Unidos da América (EUA). 

 

"Concordo com essas observações, e estamos constantemente a fazer diligências neste sentido junto dos nossos parceiros. Há uma necessidade urgente, e já há muito tempo, de que mais ajuda chegue a Gaza", afirmou.

O chefe do Governo britânico vincou ainda que esta "é uma situação dramática" e que Israel "tem de cumprir as suas obrigações no âmbito do direito humanitário internacional".

O Reino Unido convocou hoje, juntamente com França e Argélia, uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU sobre esta questão, avançou o governante britânico. 

"Israel tem de tomar todas as medidas possíveis para evitar vítimas civis, para permitir a entrada de ajuda em Gaza em muito maior volume e para dar às Nações Unidas e aos parceiros humanitários a capacidade de operarem eficazmente", frisou Starmer.

Segundo avançou a comunicação social norte-americana, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, enviaram, no domingo, uma carta ao Governo israelita a exigir "uma ação urgente e sustentada" para melhorar a situação humanitária na Faixa de Gaza em 30 dias. Caso não aconteça, a administração do Presidente Joe Biden dá a entender que o envio de armas de Washington para Israel, o seu maior aliado no Médio Oriente, pode ficar em risco.

Na missiva, os dois representantes da administração norte-americana manifestam "profunda preocupação" pelo facto de a quantidade de ajuda entregue a Gaza ter diminuído mais de 50% e de a quantidade entregue em setembro ao enclave palestiniano "ter sido a mais baixa de todos os meses do ano passado".

Durante o debate no parlamento britânico, e perante uma questão do líder dos Liberais Democratas, Ed Davey, o primeiro-ministro trabalhista indicou que o Governo está a avaliar impor sanções ao ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, e ao ministro das Finanças, Bezalel Smotrich.

Em causa estão declarações alegadamente a defender a morte de milhões de palestinianos à fome em Gaza e a elogiar colonos pela morte de um jovem palestiniano na Cisjordânia. 

"Sim, estamos a analisar essa questão, porque há obviamente comentários abomináveis, juntamente com outras atividades verdadeiramente preocupantes na Cisjordânia, mas também em toda a região", afirmou Keir Starmer.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em Israel que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 42 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

Leia Também: Líbano apresenta nova queixa à ONU sobre ataques israelitas

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