Pelo menos 22 mortos num ataque israelita contra uma escola em Gaza
Pelo menos 22 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas hoje, incluindo sete crianças, em bombardeamentos israelitas contra uma escola no campo de deslocados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, segundo fontes médicas.
© Ashraf Amra/Anadolu Agency via Getty Images
Mundo Médio Oriente
"A equipa médica do hospital Kamal Adwan não tem capacidade para tratar o grande número de feridos e mártires que acorreram ao hospital na sequência do ataque", afirmaram fontes do hospital, que está sob cerco militar, tal como o resto do norte de Gaza, há 13 dias.
Os soldados israelitas informaram que o ataque visou dezenas de militantes dos movimentos islamitas Hamas e Jihad Islâmica que se tinham agrupado na escola de Abu Hussein em Jabalia, um campo de refugiados urbano no norte de Gaza, onde Israel tem vindo a realizar uma operação aérea e terrestre há mais de uma semana.
Fares Abu Hamza, chefe da unidade de emergência do ministério no norte de Gaza, confirmou o número de mortos e disse que dezenas de pessoas ficaram feridas. Segundo Hamza, o hospital Kamal Adwan, situado nas proximidades, está a ter dificuldades em tratar as vítimas.
"Muitas mulheres e crianças estão em estado crítico", disse.
As forças armadas israelitas afirmaram ter como alvo um centro de comando dirigido por ambos os grupos militantes no interior da escola.
O exército israelita forneceu ainda uma lista de cerca de uma dúzia de nomes de pessoas que identificou como militantes e que estavam presentes na altura do ataque, mas não foi possível verificar imediatamente os nomes no documento.
Israel tem atacado repetidamente campos de tendas e escolas que abrigam pessoas deslocadas em Gaza, afirmando que efetua os ataques de forma precisa contra os militantes, tentando evitar ferir civis, mas matam frequentemente mulheres e crianças.
Militantes liderados pelo movimento Hamas desencadearam a guerra após a invasão ao sul de Israel no dia 07 de outubro de 2023, que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas, na sua maioria civis, e sequestrou cerca de 250 outras, das quais cerca de 100 ainda se encontram em Gaza, um terço das quais terá morrido.
A ofensiva de Israel já matou mais de 42.000 palestinianos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, que não faz distinção entre civis e combatentes, mas afirma que as mulheres e as crianças representam um pouco mais de metade das vítimas mortais.
Leia Também: Egito e Irão demonstram preocupação sobre guerra regional
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com