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EUA impõem sanções a empresas chinesas que produzem drones para a Rússia
Os Estados Unidos da América (EUA) anunciaram hoje sanções contra dois fabricantes chineses ligados ao desenvolvimento e produção de 'drones' de longo alcance que, segundo Washington, têm sido utilizados pela Rússia na guerra na Ucrânia.
© Getty Images
Mundo Ucrânia
Os EUA já tinham acusado a China de prestar apoio material à base militar-industrial da Rússia para sustentar a guerra do Kremlin (presidência russa) contra a Ucrânia, e esta ronda de sanções procura atingir a "atividade direta" entre Pequim e Moscovo, de acordo com altos funcionários da administração democrata liderada pelo Presidente Joe Biden.
As sanções anunciadas hoje são as primeiras medidas contra empresas na China que desenvolvem diretamente sistemas completos em colaboração com parceiros russos, afirmaram os Departamentos do Tesouro e do Estado dos EUA.
O 'drone' de ataque de longo alcance da série Garpiya da Rússia, "projetado e produzido na República Popular da China em colaboração com empresas de defesa russas, foi utilizado para destruir infraestruturas críticas" durante a guerra na Ucrânia, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em comunicado.
Por sua vez, o secretário adjunto do Tesouro para o Terrorismo e a Inteligência Financeira, Bradley T. Smith, alertou, em comunicado, para o facto de a Rússia depender "cada vez mais" destas sinergias com profissionais externos para importar tecnologia para "sustentar o seu programa de armamento e fazer avançar a sua campanha militar contra a Ucrânia".
Pequim insiste que não fornece armas nem à Ucrânia nem à Rússia, e tem defendido que as suas trocas comerciais com Moscovo são normais e legais.
Este novo pacote de sanções visa as empresas chinesas Xiamen Limbach Aircraft Engine Company, que produz motores de 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados), e Redlepus Vector Industry, que trabalhou com uma entidade russa já sujeita a sanções por facilitar o envio dos 'drones' para a Rússia.
O Governo norte-americano anunciou também sanções contra Artem Mikhailovich Yamshchikov, um cidadão russo descrito como o beneficiário efetivo da TSK Vektor, e a entidade russa TD Vector, que esteve envolvida na facilitação dos carregamentos dos dispositivos.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Leia Também: É "um erro" deixar Ucrânia fora da NATO quando "na prática" já faz parte
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