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Idosa vota pela 1.ª vez aos 81 anos nos EUA. Marido "nunca queria"

A mulher espera, agora, que a sua história inspire outras pessoas na mesma situação.

Idosa vota pela 1.ª vez aos 81 anos nos EUA. Marido "nunca queria"
Notícias ao Minuto

18/10/24 19:07 ‧ Há 4 Horas por Notícias ao Minuto

Mundo EUA

Uma idosa de 81 anos votou pela primeira vez na quarta-feira, em Covington, no estado norte-americano da Geórgia, uma vez que não sabe “ler nem escrever”. Além disso, o seu marido “nunca queria” votar e desencorajava que a mulher o fizesse.

 

“Já tinha pensado nisso, mas não sei ler nem escrever. Não queria entrar na cabine e não saber o que fazer”, confessou Betty Cartledge, que completará 82 anos no domingo.

O marido de Betty, um veterano da Guerra da Coreia que morreu em abril de 2023, também a desencorajava.

“Fui casada com ele durante 64 anos; sabia tudo sobre ele. Mas havia uma coisa que ele nunca discutia e que nunca queria fazer”, disse a mulher ao The Washington Post, referindo-se à participação na esfera política do país.

Recentemente, a sobrinha de Betty, Wanda Moore, questionou-se se a tia teria alguma vez votado.

“Ela disse que tinha pensado nisso muitas vezes, mas como não sabia ler nem escrever, achava que o seu voto não contava”, disse.

A mulher explicou à tia que todos os votos contam, tendo proposto levá-la a uma mesa de voto antecipado, o que viria a acontecer nesta quarta-feira.

“Parti do princípio de que qualquer pessoa que tivesse idade suficiente para votar estava certamente registada, o que não é verdade. Pensava que era algo que toda a gente fazia. Senti que tinha de a ajudar porque ela queria que o seu voto contasse, pelo menos uma vez”, disse.

Apesar de tudo, Betty adiantou que a experiência de votar foi mais fácil (e emocional) do que tinha pensado.

“Foi espantoso. Se consegui fazê-lo, outras pessoas que não sabem ler nem escrever também o podem fazer. Agora já não tenho vergonha disso. Fez-me sentir que era americana e que estava a defender os meus direitos”, disse.

A idosa espera, agora, que a sua história inspire outras pessoas na mesma situação.

“Não importa a idade, é preciso ir para a rua e dizer o que se pensa. O vosso voto conta tanto como o de qualquer outra pessoa. Se eu estiver viva, vou votar”, complementou.

Recorde-se que as eleições presidenciais dos Estados Unidos ocorrem no próximo dia 5 de novembro, mas já é possível votar antecipadamente em vários estados.

Leia Também: EUA? Para muitos homens, uma mulher "não parece presidente"

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