Meteorologia

  • 23 OCTOBER 2024
Tempo
18º
MIN 16º MÁX 25º

Eurodeputada espanhola obrigada a tirar 'keffiyeh' no Parlamento Europeu

"A senhora Montero tem a palavra, mas primeiro tem de tirar o lenço", disse a vice-presidente do Parlamento Europeu, antes da eurodeputada espanhola Irene Montero, do Podemos, discursar.

Notícias ao Minuto

22/10/24 23:06 ‧ Há 4 Horas por Notícias ao Minuto

Mundo Espanha

A eurodeputada e ex-ministra da Igualdade de Espanha, Irene Montero, teve de tirar o 'keffiyeh' - um lenço associado à luta palestiniana - que usava na para poder discursar no Parlamento Europeu.

 

Segundo a imprensa espanhola, a eurodeputada do Podemos foi avisada que teria de tirar o lenço quando se aproximava do púlpito do hemiciclo. "A senhora Montero tem a palavra, mas primeiro tem de tirar o lenço", disse a vice-presidente do Parlamento Europeu, Christel Schaldemose. 

Num vídeo divulgado nas redes sociais, que pode ver na galeria acima, a ex-ministra denunciou que "as regras internacionais também impedem os genocídios", mas a Europa continua a "apoiar um", referindo-se ao apoio a Israel.

E atirou: "Porque é que continuam a dar apoio aos genocidas? Esta não é uma crise humanitária, é uma invasão e é um genocídio".

Irene Montero, casada com Pablo Iglesias, ex-eurodeputado e fundador do Podemos, frisou que "se a Europa deixasse de comprar e vender armas aos genocidas e de permitir o trânsito de armas e rompesse as relações comerciais, Israel não podia acumular mais de 43 mil pessoas assassinadas em Gaza e mil no Líbano".

"O ataque à missão de paz das Nações Unidas é um ato de guerra de Israel contra países europeus", acrescentou. "Se chamarem genocídio ao genocídio, se deixarem de participar na propaganda sionista ao dizerem que Israel tem direito a defender-se, então o Estado terrorista de Israel terá de deixar de arrasar escolas, hospitais, campos de refugiados. Terá de deixar de bombardear o Líbano com fósforo branco e de queimar pessoas vivas em hospitais", denunciou, frisando que estas "barbaridades são transmitidas ao vivo", mas a Europa "ignora".

Sublinhe-se que a guerra na Faixa de Gaza começou no dia 7 de outubro de 2023, com um ataque do Hamas que matou cerca 1.200 pessoas em solo israelita, de onde outras 251 foram levadas como reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou acima de 43 mil mortes, na maioria civis, de acordo com as autoridades locais do Hamas.

Leia Também: Morte do líder do Hamas dá "oportunidade importante" para fim da guerra

Recomendados para si

;
Campo obrigatório