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China apela à não escalada dos combates na Ucrânia durante BRICS

O presidente chinês, Xi Jinping, apelou hoje à não escalada dos combates na Ucrânia, numa intervenção na cimeira dos BRICS, a decorrer na cidade russa de Kazan, na presença do chefe de Estado da Rússia, Vladimir Putin.

China apela à não escalada dos combates na Ucrânia durante BRICS
Notícias ao Minuto

23/10/24 14:03 ‧ Há 4 Horas por Lusa

Mundo Cimeira

A China tem apelado regularmente a conversações de paz e ao respeito pela integridade territorial de todos os países, incluindo a Ucrânia, mas sem nunca ter condenado Moscovo pela sua invasão, iniciada em fevereiro de 2022, e paralelamente reforçando as relações bilaterais.

 

"A crise ucraniana está a arrastar-se", afirmou Xi Jinping aos outros participantes na cimeira, de acordo com uma transmissão televisiva.

O responsável chinês instou ao respeito de "três princípios", nos quais se incluem "não alargar o campo de batalha", "não intensificar os combates" e "não provocar nenhuma das partes, de forma a acalmar a situação o mais rapidamente possível".

Sobre a situação em Gaza, apelou igualmente ao fim dos combates.

"Temos de pressionar para um cessar-fogo o mais rapidamente possível, pôr fim à matança e fazer esforços incansáveis para alcançar uma solução abrangente, justa e duradoura para a questão palestiniana", defendeu.

Na terça-feira, os Presidentes russo e chinês elogiaram a cooperação entre Moscovo e Pequim, no âmbito de um encontro à margem da cimeira dos BRICS, grupo das economias emergentes, naquele que foi o terceiro encontro entre os dois líderes em 2024.

Na ocasião, Putin afirmou a Xi Jinping que pretende "reforçar" ainda mais os laços com Pequim, que considera ser um "fator de estabilidade" na cena internacional, enquanto o líder chinês elogiou o seu homólogo russo pela solidez dos laços bilaterais num contexto internacional "caótico".

Vladimir Putin abriu hoje a cimeira dos BRICS em Kazan, saudando a reunião como um sinal da emergência do "mundo multipolar" que espera que venha a confrontar o Ocidente.

Com esta cimeira, que termina na quinta-feira, o Presidente russo pretende também demonstrar o fracasso da política ocidental de sanções económicas e de isolamento diplomático contra o seu país, desde a invasão russa à Ucrânia.

A cimeira de Kazan é a primeira do grupo de economias emergentes após o seu alargamento de cinco para nove membros em janeiro.

Após a reunião em formato reduzido, os países BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irão, Egito, Emirados Árabes Unidos e Etiópia - sentar-se-ão à mesa com representantes de cerca de 20 Estados convidados para o evento, incluindo a Turquia, a Bolívia, a Venezuela e a Nicarágua.

No final da cimeira, os líderes dos BRICS adotarão uma declaração conjunta sobre uma série de questões globais, incluindo o conflito na Ucrânia.

O grupo BRICS, fundado informalmente em 2006 e que realizou a sua primeira cimeira em 2009, inclui países que representam cerca de um terço da economia mundial e mais de 40% da população global.

Leia Também: Lula defende na cimeira dos BRICS conversações para paz na Ucrânia

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