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Médio Oriente. UE pede moderação para evitar "escalada incontrolável"

A União Europeia (UE) apelou hoje à "máxima contenção" para evitar uma "escalada incontrolável" após o ataque de Israel ao Irão, esta manhã, em retaliação a um ataque iraniano anterior.

Médio Oriente. UE pede moderação para evitar "escalada incontrolável"
Notícias ao Minuto

26/10/24 15:51 ‧ Há 4 Horas por Lusa

Mundo Médio Oriente

"O perigoso ciclo de ataques e retaliações corre o risco de provocar uma nova expansão do conflito regional", afirmou em comunicado Nabila Massrali, porta-voz do Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE), dirigido pelo chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

 

O ataque de Israel às instalações militares iranianas, realizado de manhã cedo, em resposta ao lançamento de mais de 180 mísseis balísticos por Teerão há quase um mês, matou pelo menos dois militares iranianos.

Em resposta, o Irão sublinhou o seu direito "legítimo" e "obrigatório" de se defender, enquanto a maioria dos países árabes do Médio Oriente apelou também à "máxima contenção" para evitar uma nova escalada do conflito para uma guerra regional.

O porta-voz do SEAE afirmou que, "embora a UE reconheça o direito de Israel à autodefesa, apela a todas as partes para que exerçam a máxima contenção para evitar uma escalada incontrolável, que não é do interesse de ninguém".

Massrali referiu que o ataque "teve lugar no meio de tensões regionais graves e crescentes" e recordou que a UE "continua totalmente empenhada em reduzir as tensões e em contribuir para o seu desanuviamento".

Por esta razão, "a UE mantém-se em estreito contacto com todos os intervenientes relevantes", afirmou.

Os ataques decorrem no âmbito da guerra em Gaza entre Israel e o movimento de resistência islâmica palestiniano Hamas, e no vizinho Líbano, entre o exército israelita e o movimento xiita libanês Hezbollah.

Hamas e Hezbollah opõem-se a Israel e são apoiados financeira e militarmente pelo Irão, que fez do apoio à causa palestiniana um dos pilares da política externa desde a criação da República Islâmica em 1979.

Os ataques com mísseis iranianos de 01 de outubro foram apresentados por Teerão como uma retaliação aos ataques israelitas no Líbano, que no final de setembro custaram a vida a um general iraniano e ao líder do Hezbollah Hassan Nasrallah.

Nasrallah, que liderou o movimento libanês durante mais de 30 anos, mantinha laços estreitos com o Irão.

Os responsáveis iranianos justificaram também esta operação como uma resposta ao homicídio no território, atribuído a Israel, de Ismail Haniyeh, então líder do Hamas.

Leia Também: Médio Oriente: Países da região condenam ataques israelitas no Irão

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