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EUA "profundamente preocupados" após ataque israelita em Gaza

Os Estados Unidos da América (EUA) manifestaram esta terça-feira consternação com a morte de cerca de 100 palestinianos, incluindo mulheres e pelo menos 25 crianças, num ataque israelita em Beit Lahia, no norte de Gaza, e exigiram explicações a Israel.

EUA "profundamente preocupados" após ataque israelita em Gaza
Notícias ao Minuto

29/10/24 20:36 ‧ Há 4 Horas por Lusa

Mundo Médio Oriente

O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, disse que os EUA estão "profundamente preocupados com a perda de vidas civis" neste "ataque horrível com um resultado horrível".

 

"Contactámos o Governo de Israel para perguntar o que aconteceu", acrescentou Miller.

A Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou hoje que 93 pessoas foram mortas durante a noite num ataque israelita a um edifício em Beit Lahia, no norte do território palestiniano.

Menos de 24 horas após o bombardeamento, Israel voltou a atacar a cidade de Beit Lahia, visando uma zona residencial e provocando a morte de pelo menos uma dezena de pessoas.

O porta-voz da diplomacia norte-americana não mencionou quaisquer consequências imediatas para Israel, que conta com o apoio militar e diplomático dos EUA.

Miller reiterou o apelo de Washington a um fim negociado da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque do grupo islamita palestiniano Hamas a Israel em 07 de outubro de 2023, que matou mais de 1.200 pessoas, na maioria civis, e fez mais de duas centenas de reféns.

O "custo trágico para os civis" do último ataque "recorda-nos mais uma vez porque é que temos de acabar com esta guerra", afirmou Matthew Miller.

"Um ano após o início da campanha militar do Governo israelita em Gaza, Israel dizimou as capacidades militares do Hamas, dizimou a liderança do Hamas e, através da sua ação militar, assegurou que o Hamas não tem capacidade para repetir os ataques de 07 de outubro", acrescentou.

O porta-voz da Defesa Civil do enclave palestiniano, Mahmud Basal, disse, por sua vez, através da plataforma Telegram que várias famílias estão a pedir ajuda, mas que os serviços de ambulância do grupo já não estão a funcionar no norte de Gaza, onde Israel mantém um forte cerco desde o início de outubro, que já fez mais de mil mortos.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos apelou entretanto às autoridades israelitas para procederem a uma investigação "rápida, transparente e pormenorizada" sobre as circunstâncias do ataque.

"Os civis estão protegidos pelo direito internacional humanitário", declarou o porta-voz do Alto Comissariado, Jeremy Laurence, que se disse "chocado" com o ataque ao edifício que albergava "crianças, mulheres e idosos".

Entre os mortos encontram-se pelo menos 25 crianças, o que faz deste "um dos ataques mais mortíferos em Gaza em quase três meses".

O porta-voz sublinhou que é "imperativo" que as autoridades israelitas permitam o acesso dos serviços de emergência às zonas afetadas pelos seus ataques no norte de Gaza e denunciou que, nalguns casos, são os próprios socorristas que estão a ser atacados.

"Os hospitais também foram atacados e estão agora praticamente fora de serviço. Os hospitais, as ambulâncias e o pessoal médico estão especificamente protegidos contra ataques pelo direito humanitário internacional ou contra qualquer utilização para fins militares", reiterou.

Desde que Israel iniciou a sua operação em grande escala contra o Hamas, o enclave palestiniano ficou sitiado e mais de 43 mil pessoas, também maioritariamente civis, morreram, segundo as autoridades locais controladas pelo grupo islamita.

Ainda no enclave, controlado pelo Hamas desde 2007, mais de 1,9 milhões de pessoas estão deslocadas, enfrentando uma escassez generalizada de bens essenciais.

Leia Também: Proibir atuação da UNRWA é "nova forma de matar crianças" em Gaza

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