Rússia atribui pedido de mísseis aos EUA a nervosismo de Kyiv
A presidência russa (Kremlin) atribuiu hoje o pedido da Ucrânia para os Estados Unidos instalarem mísseis Tomahawk no país ao nervosismo de Kyiv com a situação na linha da frente.
© Reuters
Mundo Ucrânia
"A dinâmica na linha da frente é clara e evidente, vê-se tanto no nosso país como nos Estados ocidentais", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, referindo-se ao avanço russo no leste da Ucrânia.
Peskov comentou que dada a situação, a Ucrânia está "muito nervosa" e a tentar parar a ofensiva de Moscovo.
O exército russo tem divulgado avanços no leste da Ucrânia nas últimas semanas e hoje mesmo anunciou a tomada de uma nova aldeia no Donbass, na região de Donetsk.
Trata-se de Iasna Poliana, situada perto da cidade de Vugledar, que caiu recentemente nas mãos do exército russo, segundo um comunicado do Ministério da Defesa citado pela agência francesa AFP.
O porta-voz do Kremlin considerou também que ao pedir novas armas aos Estados Unidos, as autoridades ucranianas estão a tentar aumentar e legitimar o envolvimento ocidental no conflito.
"Este é o objetivo final de todas estas manobras", afirmou durante uma conferência de imprensa telefónica diária, citado pela agência espanhola EFE.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou a administração norte-americana na quarta-feira por ter divulgado à imprensa que o chamado Plano de Vitória de Kyiv incluía um pedido alegadamente secreto de utilização de mísseis Tomahawk.
Os mísseis fariam parte de um pacote de armas não nucleares para forçar a paz com a Rússia.
"Como entender estas mensagens? Isto significa que não há nada confidencial entre aliados", criticou Zelensky num encontro com jornalistas em Reiquiavique, na Islândia.
As críticas surgiram depois de o jornal New York Times ter noticiado que Zelensky tinha pedido aos Estados Unidos os mísseis de longo alcance, capazes de atingir alvos a 2.500 quilómetros de distância.
A Ucrânia tem dependido da ajuda militar dos aliados ocidentais para fazer frente à Rússia, que invadiu o país em fevereiro de 2022.
Moscovo acusa o que designa por "Ocidente coletivo" de envolvimento na guerra na Ucrânia por estar a fornecer armamento a Kyiv.
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