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"Farei o que me pedirem". Voluntários acorrem a Valência para ajudar

As autoridades agradeceram o apoio da população, mas apelaram a que os voluntários se mantivessem afastados das áreas mais afetadas, uma vez que as multidões podem complicar o trabalho dos serviços de emergência.

Notícias ao Minuto

01/11/24 15:40 ‧ Há 4 Horas por Notícias ao Minuto

Mundo Espanha

Com esfregonas, pás e baldes em riste, milhares de voluntários das mais diversas idades, nacionalidades e estratos etários acorreram à região de Valência, esta sexta-feira, para ajudar nas operações que se seguiram à passagem do fenómeno meteorológico DANA, que provocou pelo menos 205 mortos e dezenas de feridos.

 

“Para Paiporta, para ajudar. Onde quer que seja necessária ajuda”, clamou um grupo de jovens, quando questionado pela agência Reuters para onde se dirigia.

Nuria, que é designer de interiores, veio de um subúrbio de L'Eliana para ajudar “com trabalho árduo”, assegurou.

Natural dos Países Baixos, Bart, que também reside em L’Eliana, mostrou-se sensibilizado com a solidariedade demonstrada pelos voluntários.

“É espantoso - milhares de pessoas vindas de Valência, um grande corredor de pessoas a ajudar as vítimas desta catástrofe”, disse.

Já Reme Montero adiantou que queria ajudar a limpar as habitações térreas que ficaram inundadas.

“O desastre motivou-me a vir até aqui. Farei tudo o que me pedirem para fazer”, disse.

Rafael Lopez, que vive perto de Paiporta, confessou que "não passa nada, nem comida, nem nada".

"A única coisa que chega são os camiões de ajuda que talvez tragam um pouco de comida, mas é preciso andar 15 a 20 quilómetros para comprar pão", lamentou.

As autoridades agradeceram o apoio da população, mas apelaram a que os voluntários se mantivessem afastados das áreas mais afetadas, uma vez que as multidões podem complicar o trabalho dos serviços de emergência.

Recorde-se que a Comunidade Valenciana foi a mais afetada pela passagem da DANA. De acordo com dados oficiais, aos níveis de precipitação registados na noite de terça-feira foram os mais elevados em 24 horas desde 11 de setembro de 1966.

O governo espanhol decretou, na quarta-feira, três dias de luto nacional, tendo o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, garantido apoio a todos os afetados pelo mau tempo.

Percorra a galeria.

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