PR de Moçambique felicita eleição de Boko como Presidente do Botsuana
O chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, felicitou hoje o novo Presidente do Botsuana, Duma Boko, pela vitória nas eleições de quarta-feira, sublinhando o "ambiente pacífico, ordeiro e transparente" do processo eleitoral no país vizinho.
© Reuters
Mundo Moçambique
"O ambiente pacífico, ordeiro e transparente em que decorreram as eleições abriu caminho para um escrutínio livre e justo, o que demonstra a maturidade da democracia, pelo que em nome do povo, do Governo da República de Moçambique e no meu próprio, endereço as nossas mais calorosas felicitações a vossa excelência e ao povo do Botsuana, bem assim sinceros votos de êxitos no desempenho das vossas nobres funções", lê-se na mensagem de felicitações, divulgada pela Presidência moçambicana.
É a primeira vez que o partido BDP (Partido Democrático do Botsuana) não estará no poder desde que o país se tornou independente do Reino Unido, em 1966.
Boko, até agora líder da oposição, foi empossado na sexta-feira numa cerimónia à porta fechada, depois de o seu partido, a Coligação para a Mudança Democrática (CDU), ter obtido a maioria parlamentar necessária para governar nas eleições gerais de 30 de outubro.
Numa transferência expressa de poder, enquanto se aguarda a cerimónia pública de tomada de posse, o presidente do Supremo Tribunal do Botsuana, Terence Rannowane, declarou Boko Presidente eleito, depois de a CDU ter obtido mais de 31 dos 61 lugares na Assembleia Nacional (parlamento unicameral).
Na mensagem dirigida a Duma Boko, o chefe de Estado moçambicano considera que a "destacável e histórica" vitória do Partido CDU evidencia a "confiança" que o povo do Botsuana deposita no eleito.
O Presidente Filipe Nyusi afirma ainda que o país dispõe-se a "trabalhar estritamente com o Presidente Boko no reforço, cada vez mais, das já excelentes relações de amizade, solidariedade e cooperação entre Moçambique e Botsuana, tanto ao nível bilateral, como no plano multilateral no quadro da SADC [Comunidade de Desenvolvimento da África Austral], União Africana, Commonwealth, Nações Unidas e de outras organizações internacionais" comuns.
Em Moçambique também se realizaram eleições gerais, mas em 09 de outubro, às quais já não concorreu o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, por ter atingido o limite constitucional de dois mandatos.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) anunciou em 24 de outubro a vitória de Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder desde 1975), na eleição a Presidente da República de 09 de outubro, com 70,67% dos votos.
Venâncio Mondlane, apoiado pelo Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos, extraparlamentar), ficou em segundo lugar, com 20,32%, mas afirmou não reconhecer estes resultados, que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional, e convocou manifestações em todo o país, que têm degenerado em conflitos com a polícia.
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