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Vários estados republicanos tentam impedir observadores eleitorais

Vários estados norte-americanos controlados pelos republicanos estão a tentar bloquear a observação eleitoral por parte do Departamento de Justiça nas eleições de hoje, rompendo com uma tradição de décadas, segundo relataram as agências internacionais.

Vários estados republicanos tentam impedir observadores eleitorais
Notícias ao Minuto

05/11/24 20:01 ‧ Há 7 Horas por Lusa

Mundo EUA/Eleições

Os procuradores-gerais da Florida, Missouri e Texas apresentaram ações judiciais individuais para impedir a entrada de observadores federais nos seus estados, de acordo com a agência noticiosa espanhola EFE.

 

Os dois primeiros viram os seus recursos rejeitados pelos tribunais, enquanto no Texas o procurador-geral chegou a um acordo com o Departamento de Justiça para proibir a entrada de observadores nos centros de votação.

"Só o Texas gere as eleições no Texas e não seremos intimidados pelo Departamento de Justiça", escreveu o procurador-geral do estado, o republicano Ken Paxton, num comunicado.

Os observadores devem permanecer fora dos centros de votação e contagem de votos, a uma distância de 30 metros.

No entanto, o eleitor pode falar com os observadores se desejar, de acordo com o texto do acordo firmado entre o governo federal e os executivos estaduais.

O Departamento de Justiça destacou hoje dezenas de funcionários para 86 jurisdições de 27 estados de todo o país para garantir que o acesso dos cidadãos ao voto é respeitado durante as eleições.

A campanha para as eleições (presidenciais e gerais) que hoje decorrem nos Estados Unidos da América (EUA) foi marcada ao longo dos últimos meses pela difusão de teorias da conspiração sobre a integridade do escrutínio, promovidas por representantes republicanos e pelo próprio candidato presidencial do Partido Republicano, o ex-presidente Donald Trump.

A ideia infundada de que milhares de migrantes indocumentados tentarão votar nestas eleições levou as autoridades de vários estados, incluindo o Texas, a decidir "purgar" os cadernos eleitorais, em alguns casos deixando os cidadãos norte-americanos sem direito de voto.

Ao mesmo tempo, os responsáveis dos Serviços Secretos norte-americanos enviaram alertas internos a diferentes agências do Governo federal, avisando sobre a ameaça de grupos extremistas com a intenção de perturbar o processo eleitoral.

O Departamento de Segurança Interna (DHS) alertou para o aumento da ameaça de "violência eleitoral" motivada por teorias da conspiração, segundo documentos publicados pela ONG Property of the People.

As sondagens refletem uma corrida particularmente renhida entre a candidata democrata presidencial, Kamala Harris, e Donald Trump.

A nível nacional, Harris tem uma vantagem de pouco mais de um ponto percentual, com 48% de apoio, contra 46,8% para o ex-presidente, segundo a média das sondagens do 'site' FiveThirtyEight.

Cerca de 240 milhões de pessoas poderão votar nas eleições de hoje, que determinarão quem será o 47.º Presidente da história dos Estados Unidos.

Mais de 82 milhões de eleitores já votaram antecipadamente, e todos os olhares estão postos em sete "swing states" (assim chamados porque as respetivas intenções de voto oscilam de eleição para eleição): Arizona, Georgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin.

Apesar de os eleitores irem às urnas, o Presidente é escolhido por sufrágio indireto, uma vez que o voto dos norte-americanos vai para um Colégio Eleitoral, constituído por 538 "grandes eleitores", representativos dos 50 estados norte-americanos. O vencedor das presidenciais norte-americanas terá de obter, no mínimo, 270 "grandes eleitores".

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