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Delegações russa e ucraniana têm raro encontro sobre questões humanitárias

Delegações de direitos humanos russa e ucraniana anunciaram hoje que se reuniram na Bielorrússia para discutir questões humanitárias, um raro encontro entre representantes de Moscovo e Kiev após mais de dois anos e meio de guerra.

Delegações russa e ucraniana têm raro encontro sobre questões humanitárias
Notícias ao Minuto

08/11/24 15:55 ‧ Há 4 Horas por Lusa

Mundo Ucrânia

"Ocorreu uma reunião com o lado ucraniano no território da Bielorrússia", segundo a representante russa Tatiana Moskalkova na rede Telegram.

 

"Estou a interagir com o mediador russo para resolver questões humanitárias", disse por seu lado o representante ucraniano Dmytro Lubinets, logo após o anúncio do repatriamento dos corpos de 563 soldados das forças de Kyiv.

De acordo com Moskalkova, os dois lados trocaram listas de prisioneiros de guerra e cartas das suas famílias e "discutiram a cooperação humanitária contínua para prestar assistência aos civis".

Uma mulher de 91 anos que vive na Ucrânia foi também repatriada para a Rússia, para junto da sua família, à margem deste encontro, indicou a representante de Moscovo.

"Entregámos cartas de familiares ucranianos a prisioneiros de guerra ucranianos na Rússia", descreveu Lubinets, confirmando também os outros temas mencionados pelo lado russo.

Esta é a primeira reunião oficial entre os dois representantes desde janeiro de 2023.

A Rússia e a Ucrânia organizaram numerosas trocas de prisioneiros de guerra desde o início do conflito, que envolveram milhares de pessoas de cada lado.

A Ucrânia anunciou hoje que a Rússia entregou os corpos de 563 soldados mortos na guerra entre os dois países, sem adiantar se se tratou de uma troca.

A Rússia e a Ucrânia recusam as condições que cada lado impõe para o fim da guerra, iniciada com a invasão russa em fevereiro de 2022, estando em casa os territórios ucranianos parcialmente ocupados de Donetsk e Lugansk, no leste, e de Zaporijia e Kherson, no sul, além da península da Crimeia, ilegalmente anexada por Moscovo desde 2014.

Leia Também: Dois russos condenados a perpétua pelo morte de família ucraniana

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