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Brasil. Ex-padre condenado a 57 anos de prisão por violar mulher e filha

Além da pena de prisão de 57 anos e 22 dias, o homem terá ainda de pagar uma multa de 15 mil reais a cada vítima (cerca de 2.400 euros).

Brasil. Ex-padre condenado a 57 anos de prisão por violar mulher e filha
Notícias ao Minuto

08/11/24 18:19 ‧ Há 7 Horas por Notícias ao Minuto

Mundo Brasil

Um ex-padre foi condenado a 57 anos e 22 dias de prisão pelo crime de violação contra a ex-mulher e a filha de ambos, no Rio de Janeiro, no Brasil. O homem foi detido no ano passado após ter sido acusado de violação, maus-tratos e agressões.

 

Em tribunal, a mulher contou que o início do relacionamento foi bom e que engravidou nas primeiras semanas da relação. No entanto, dois meses depois, o homem começou a tornar-se "violento e controlador" e violou-a durante a gravidez, que era considerada de risco, enquanto os filhos dormiam na cama ao lado, conta o G1.

A vítima acusou o homem de controlar a roupa que ela vestia e a forma como se comportava e de ser "extremamente agressivo" com os seus filhos, frutos de uma antiga relação.

Face à violência, a mulher decidiu separar-se, mas o ex-padre não aceitou o fim da relação. Quando a filha de ambos nasceu, o homem pedia para "ver a flor dela" durante o banho ou troca de fraldas. Já em criança, começou a beijá-la na boca e chegou a ser apanhado com a mão nas suas zonas íntimas e a dizer que um dia "seria gostosa como a mãe".

O homem foi ainda acusado de agredir os enteados e de incentivar um deles, de apenas seis anos, a colocar termo à própria vida. "A criança de 6 anos ia até a laje, que não tinha nenhuma proteção, nenhuma barreira. Ele colocava perto da beirada e falava que, se ele pulasse, ele ia encontrar Deus. A criança não entendia aquilo. Mas ele insistia, que se ele pulasse, encontraria Deus", denunciou um responsável pelo caso. 

Além da pena de prisão de 57 anos e 22 dias, o homem terá ainda de pagar uma multa de 15 mil reais a cada vítima (cerca de 2.400 euros) e perdeu os direitos de pai que tinha com a filha. 

Segundo o G1, o suspeito abandonou o sacerdócio há quatro anos, mas chegou a atuar em várias paróquias.

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