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Irão espera que Trump acabe conflitos de imediato no Médio Oriente

O vice-primeiro-ministro do Irão afirmou hoje que "o mundo espera" que o Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, "acabe de imediato" com os conflitos no Médio Oriente, classificando os ataques israelitas como "terrorismo organizado".

Irão espera que Trump acabe conflitos de imediato no Médio Oriente
Notícias ao Minuto

18:18 - 11/11/24 por Lusa

Mundo Irão

"O Governo americano é o principal apoiante das ações do regime sionista de Israel, e o mundo espera que o novo Governo desse país cumpra a promessa de acabar de imediato a guerra contra as populações inocentes de Gaza e do Líbano", disse o vice-primeiro-ministro iraniano, Mohammad Reza Aref, durante o seu discurso no âmbito da cimeira árabe em Riade, capital da Arábia Saudita.

 

O líder iraniano qualificou como "terrorismo organizado" os ataques levados a cabo pelo Exército israelita contra alvos do movimento islamita Hamas e do movimento xiita libanês Hezbollah, considerados organizações terroristas pelos Estados Unidos e União Europeia e que têm ambos tido apoio financeiro e militar de Teerão.

O vice-primeiro-ministro iraniano lamentou a "tragédia vergonhosa" representada pelos "crimes cometidos na Palestina ocupada há mais de um ano e no Líbano há um mês", dizendo que se trata de uma "tragédia que não é apenas o produto da crueldade e arrogância de uma entidade ocupante que pratica o 'apartheid', mas também o resultado de um sentimento de impunidade de criminosos".

"Existe uma certa relutância ou incapacidade por parte das Nações Unidas e de outras instituições que defendem os Direitos Humanos em tomar medidas eficazes para travar o genocídio dos palestinianos", acusou o governante iraniano.

Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para "erradicar" o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis.

Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também nesse dia 251 reféns, 97 dos quais continuam em cativeiro, 34 deles entretanto declarados mortos pelo Exército israelita.

A guerra continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 42.718 mortos (quase 2% da população), entre os quais 17.000 menores, e 100.282 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros, de acordo com números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.

Cerca de 90% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza viram-se obrigados a deslocar-se, muitos deles várias vezes, ao longo de mais de um ano de guerra, encontrando-se em acampamentos apinhados ao longo da costa, praticamente sem acesso a bens de primeira necessidade, como água potável e cuidados de saúde.

O sobrepovoado e pobre enclave palestiniano está mergulhado numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer "o mais elevado número de vítimas alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

Leia Também: Príncipe herdeiro saudita apela a Israel que respeite a soberania do Irão

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