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TIJ declara-se competente para julgar caso entre Arménia e Azerbaijão

O Tribunal Internacional de Justiça, o principal órgão judicial da ONU, declarou hoje ter competência para julgar um caso apresentado em 2021 pela Arménia contra o Azerbaijão no contexto do conflito entre os dois países na região de Nagorno-Karabakh.

TIJ declara-se competente para julgar caso entre Arménia e Azerbaijão
Notícias ao Minuto

15:45 - 12/11/24 por Lusa

Mundo Nagorno-Karabakh

A Arménia está a processar o Azerbaijão no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), com sede em Haia (Países Baixos), por alegadas violações da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial.

 

"O Tribunal rejeita a objeção preliminar levantada pelo Azerbaijão e declara que tem jurisdição" sobre o caso, disse o juiz presidente do TIJ, Nawaf Salam, numa audiência.

A batalha jurídica no TIJ remonta a setembro de 2021, quando cada uma das partes intentou uma ação judicial contra a outra, acusando-se mutuamente de "limpeza étnica".

O Azerbaijão instou o tribunal a rejeitar a reclamação da Arménia, argumentando que a instância judicial da ONU não tinha jurisdição.

O TIJ, estabelecido pela Carta das Nações Unidas assinada em 1945 e que decide sobre disputas entre Estados, emitiu ordens de emergência em dezembro de 2021, apelando a ambas as partes para evitar o incitamento e a promoção do ódio racial.

Mas embora as ordens do TIJ sejam vinculativas, a instância não tem mecanismos de execução.

A Arménia e o Azerbaijão, antigas repúblicas soviéticas, travaram duas guerras, no início da década de 1990 e em 2020, antes de as forças azeris recuperarem o controlo total de Nagorno-Karabakh em setembro de 2023, numa ofensiva relâmpago que pôs fim a três décadas de separatismo neste enclave montanhoso predominantemente arménio.

As tensões permanecem elevadas após a operação do Azerbaijão, que levou ao êxodo para a Arménia da maior parte da população arménia do Nagorno-Karabakh, mais de 100.000 pessoas.

Leia Também: África do Sul entregou hoje no TIJ provas de genocídio de Israel em Gaza

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