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Jack Teixeira condenado a 15 anos por fuga de informação nos EUA
O lusodescendente, de 22 anos, declarou-se culpado de divulgação indevida de informação classificada sobre a guerra na Ucrânia.
© STEFANI REYNOLDS/AFP via Getty Images
Mundo Jack Teixeira
O lusodescendente Jack Teixeira, membro da Guarda Nacional Aérea do Massachusetts, foi condenado, esta terça-feira, a 15 anos de prisão por divulgar informação classificada sobre a guerra na Ucrânia.
Segundo a imprensa norte-americana, o jovem, de 22 anos, foi condenado pela juíza distrital Indira Talwani, em Boston, após se ter declarado culpado do que os procuradores norte-americanos classificaram como "uma das violações mais significativas e consequentes da Lei de Espionagem na história americana".
Durante o julgamento, a juíza reconheceu que Jack Teixeira "é jovem e tem um futuro pela frente, mas trata-se de um crime muito grave".
O lusodescendente lamentou "todo o mal" causado e disse compreender "toda a responsabilidade e consequências" do caso. "Lamento todo o mal que fiz e que causei. Compreendo que toda a responsabilidade e consequências recaem apenas sobre os meus ombros. E aceito tudo o que isso possa acarretar", disse, citado pelo The New York Times.
Os advogados de Teixeira tinham pedido à juíza distrital dos EUA que condenasse lusodescendente a 11 anos de prisão, reconhecendo que o cliente "tomou uma decisão terrível que repetiu durante 14 meses".
"É um crime que merece consequências graves. O Jack aceitou totalmente a responsabilidade pela ilicitude das suas ações e está pronto para aceitar qualquer punição que deva ser imposta agora", frisaram.
Teixeira, que fazia parte da 102.ª Ala de Informações da Base Aérea da Guarda Nacional de Otis, em Massachusetts, trabalhou como especialista em sistemas de transporte cibernético, essencialmente um especialista em tecnologia da informação responsável pelas redes de comunicações militares.
Foi detido há mais de um ano, na maior fuga de segurança nacional dos últimos anos, e declarou-se culpado em 4 de março de seis acusações de retenção e transmissão intencional de informações de defesa nacional.
As autoridades envolvidas no processo criminal disseram que Teixeira começou por digitalizar os documentos confidenciais a que acedeu e depois começou a partilhar fotografias de ficheiros que continham as marcações 'SECRET' e 'TOP SECRET'.
A fuga expôs ao mundo avaliações secretas da guerra da Rússia na Ucrânia, incluindo informações sobre movimentos de tropas na Ucrânia e o fornecimento de fornecimentos e equipamento às tropas ucranianas.
Teixeira admitiu ainda ter publicado informações sobre os planos de um adversário dos EUA para prejudicar as forças norte-americanas que servem no estrangeiro.
[Notícia atualizada às 21h41]
Leia Também: EUA registam melhoria da ajuda a Gaza e mantêm envio de armas para Israel
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