Chefe dos capacetes azuis da ONU visita missão no Líbano
O chefe do Departamento de Operações de Paz das Nações Unidas, Jean-Pierre Lacroix, visitou hoje os militares da missão de paz da ONU no sul do Líbano (FINUL), onde, "apesar dos desafios", continuam nas suas posições.
© Reuters
Mundo Médio Oriente
"Hoje, Jean-Pierre Lacroix viajou para sul para se reunir com as forças de manutenção da paz que continuam a apoiar a resolução 1701, apesar dos desafios", disse a FINUL em comunicado, referindo-se à resolução do Conselho de Segurança da ONU que pôs fim à guerra entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah em 2006.
A missão das Nações Unidas acrescentou que o chefe dos capacetes azuis "ouviu as histórias de algumas das pessoas que ficaram feridas em ataques diretos e trocas de tiros" durante mais de um ano de violência ao longo da Linha Azul, que demarca a separação das atividades militares entre o Líbano e Israel e onde a FINUL está implantada.
"As forças de manutenção da paz continuam a monitorizar e a reportar de forma imparcial a partir de todas as posições da FINUL", acrescentou a nota, acompanhada por imagens de Lacroix equipado com um capacete e um colete à prova de bala e a apertar a mão a vários soldados estacionados no sul do Líbano.
Na terça-feira, o responsável reuniu-se com o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, na presença da coordenadora especial da ONU no país, Jeanine Hennis-Plasschaert, e do comandante dos capacetes azuis no sul do Líbano, o general espanhol Aroldo Lazarus.
Na reunião, segundo o Governo libanês, Lacroix sublinhou que "as Nações Unidas estão a desenvolver esforços intensos com as partes para alcançar um cessar-fogo", numa referência a Israel e ao grupo xiita Hezbollah, em conflito desde 08 de outubro de 2023, um dia após o início da guerra na Faixa de Gaza.
Desde que Israel iniciou a invasão do sul do Líbano, nas primeiras horas do passado 01 de outubro, as autoridades israelitas têm apelado repetidamente à FINUL para abandonar a região.
A missão das Nações Unidas, porém, recusou-se, alegando que se encontra no terreno por mandato do Conselho de Segurança da ONU, apesar dos múltiplos ataques do Exército israelita contra as suas posições.
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