Aviões israelitas atacam centros de comando do Hezbollah no sul do Líbano
Israel voltou a atacar na noite passada o sul do Líbano com os seus caças a visarem os centros de comando da força de elite do grupo xiita Hezbollah, conhecida como Radwan, na zona de Nabatieh.
© FADEL ITANI/AFP via Getty Images
Mundo Médio Oriente
Entre os alvos atacados está uma infraestrutura utilizada pela força de elite do Hezbollah "para realizar ataques terroristas contra o Estado de Israel e as tropas israelitas", detalhou hoje um comunicado militar israelita.
Na nota é adiantando que as tropas atacaram mais de "120 alvos terroristas" em todo o país vizinho, incluindo instalações de armazenamento de armas, centros de comando e um grande número de lançadores, incluindo alguns utilizados pelo Hezbollah para disparar 'rockets' em direção a Haifa e à zona da Alta Galileia, no norte de Israel.
O exército bombardeou também no sul de Beirute, o bastião do grupo xiita libanês Hezbollah conhecido por Dahye, após uma onda de ataques no Líbano que fez pelo menos 43 mortos nas últimas horas.
Pouco antes dos ataques, o porta-voz árabe do exército israelita, Avichay Adraee, instou os residentes de vários edifícios localizados na zona de Ghobeiry a saírem "imediatamente e a manterem-se afastados a uma distância não inferior a 500 metros".
Por outro lado, o exército detetou também cerca de cinco projéteis disparados do Líbano em direção ao distrito de Haifa e à Alta Galileia, que foram intercetados ou caíram em zonas abertas.
Nas últimas horas, entretanto, continuam a chegar relatórios dos meios de comunicação israelitas e norte-americanos indicando que o acordo de cessar-fogo no Líbano poderia estar mais próximo.
Na quinta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, reiterou numa conversa que manteve com o seu homólogo francês, Jean-Noël Barrot, que existe "um desejo de alcançar um cessar-fogo" no Líbano para permitir que as mais de 60 mil pessoas retiradas do norte possam regressar às suas casas e que estão a ser feitos "avanços" nas negociações.
Embora, Saar também tivesse sublinhado que um acordo não é suficiente se a comunidade internacional não garantir que o Líbano "vá ser devolvido ao povo libanês, em vez de ser controlado pelo regime iraniano".
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