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Trump nomeia aliado para expansão de exploração de petróleo

A nomeação do governador do Dakota do Norte, Doug Burgum, para liderar o Departamento de Interior dos EUA, está em linha com as promessas eleitorais do Presidente eleito, Donald Trump, sobre a expansão de exploração de petróleo.

Trump nomeia aliado para expansão de exploração de petróleo
Notícias ao Minuto

15/11/24 14:42 ‧ Há 3 Horas por Lusa

Mundo EUA

A escolha de Burgum foi oficializada durante um evento no resort Mar-a-Lago, na Florida, na quinta-feira, marcando o início de um mandato em que Trump garante um plano de revitalização do setor energético.

 

"Burgum é a pessoa ideal para o trabalho. Vamos fazer coisas incríveis com energia e gestão de terras públicas", afirmou Trump, que lembrou a proximidade do governador com a indústria de combustíveis fósseis.

O Departamento de Interior, que administra cerca de 500 milhões de hectares de terras públicas e águas costeiras, desempenhará um papel central nas promessas de Trump de aumentar a produção de energia e reduzir os custos da fatura energética dos norte-americanos.

Doug Burgum, de 68 anos, é conhecido pelo forte apoio à exploração de petróleo e gás, uma postura alinhada com as prioridades do Presidente eleito.

O governador do Dakota do Norte tem ligações estreitas com empresários do setor, como Harold Hamm, fundador da Continental Resources e um dos principais doadores da campanha de Trump.

A escolha de Burgum não é surpresa, considerando suas críticas às regulamentações ambientais e o seu histórico de apoio ao desenvolvimento de infraestruturas energéticas, como o controverso projeto de gasodutos de carbono no Dakota do Norte.

Sob a liderança de Burgum, analistas antecipam uma reorientação para o aumento da exploração energética, revertendo as políticas de conservação implementadas pelo Governo do Presidente democrata Joe Biden, que procurou limitar perfurações em áreas ecologicamente sensíveis.

Cientistas alertam que a expansão das atividades de combustíveis fósseis em terras públicas poderá agravar as mudanças climáticas.

Dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos indicam que cerca de 22% das emissões de carbono do país são originadas da queima de combustíveis fósseis extraídos de terras federais.

Várias organizações ambientalistas já criticaram esta nomeação, acusando Burgum de dar prioridade aos interesses da indústria em detrimento da preservação ambiental.

Apesar das críticas, Burgum apresenta-se como um pragmático.

Antes de entrar na política, o governador fez carreira no setor privado, incluindo a venda da sua empresa de 'software' para a Microsoft, num trajeto empresarial que moldou a forma como apareceu a fazer política, privilegiando parcerias público-privadas.

Como governador, Burgum demonstrou um equilíbrio entre o apoio à indústria de energia e o incentivo a medidas voltadas para a sustentabilidade, como a meta de alcançar a neutralidade de carbono no Dakota do Norte até 2030.

Contudo, Burgum raramente usa a expressão "alterações climáticas" nos seus discursos, um reflexo das complexas dinâmicas políticas de uma região que governa e que está muito dependente economicamente de combustíveis fósseis.

Na campanha eleitoral, Trump prometeu eliminar barreiras regulatórias, aumentar a produção de energia e reforçar a autonomia dos estados na gestão dos seus recursos naturais.

Contudo, especialistas questionam a viabilidade política e os impactos ambientais dessa agenda política.

A história recente do Departamento do Interior, marcada por escândalos éticos e conflitos de interesse no anterior Governo de Trump (2017-2021), também levanta preocupações sobre a transparência e a eficácia da gestão de Burgum.

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