Embaixada polaca na Coreia do Norte reativada 4 anos após encerramento
A Polónia anunciou hoje que vai reativar a sua embaixada em Pyongyang, na Coreia do Norte, tornando-se o segundo país ocidental, depois da Suécia, a retomar representação na capital norte-coreana, suspensa devido às restrições causadas pela Covid-19.
© Reuters
Mundo Coreia do Norte
A Polónia e a Suécia, ambos membros da NATO, são agora os únicos países ocidentais com embaixada ativa em Pyongyang, o que pode vir a abrir um canal de diálogo com o regime comunista asiático, aliado próximo da Rússia e que forneceu tropas para combater na Ucrânia.
Os representantes do Ministério dos Negócios Estrangeiros polaco marcaram presença na capital norte-coreana esta semana. "A visita é de natureza técnica e política e um dos seus principais objetivos é restabelecer a presença diplomática permanente", afirmou o ministério polaco.
A embaixada polaca na Coreia do Norte foi encerrada em dezembro de 2020, depois das autoridades norte-coreanas terem anunciado o encerramento total das fronteiras devido à propagação da Covid-19, decisão que tornou o trabalho das missões diplomáticas "impossível", comunicou o ministério.
A Suécia, que se tornou membro da NATO em março, representa, assim como a polónia, os interesses dos outros países ocidentais que não têm embaixadas em Pyongyang e retomou a atividade na capital norte-coreana em setembro.
A NATO e a União Europeia (UE), têm vindo a intensificar esforços para que a China persuada a Coreia do Norte a deixar de enviar tropas e outros apoios à Rússia, no contexto da guerra na Ucrânia.
De acordo com os serviços secretos norte-americanos, sul-coreanos e ucranianos, cerca de 12 mil soldados norte-coreanos foram enviados para a região fronteiriça russa de Kursk para combater as forças ucranianas.
A NATO afirmou que a Rússia está a enviar tecnologia de mísseis à Coreia do Norte, em troca deste apoio militar.
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