Chanceler Olaf Scholz reafirma total apoio da Alemanha à Ucrânia
O chanceler Olaf Scholz reafirmou hoje o total apoio da Alemanha à Ucrânia, assegurando que nenhuma decisão sobre a guerra será tomada sem ter em conta a opinião do regime de Kyiv.
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Mundo Ucrânia
"A Ucrânia pode contar connosco", garantiu, no aeroporto de Berlim, antes de voar para a cimeira do G20 no Rio de Janeiro, no Brasil.
A Ucrânia, frisou, "está a defender legitimamente as suas independência e soberania", vincou o chanceler da Alemanha, que tem sido, desde o início da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, o segundo maior fornecedor de armas a Kyiv, a seguir aos Estados Unidos.
A reafirmação do chanceler aconteceu depois de ter sido criticado pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e também pela oposição alemã por ter ligado na sexta-feira ao Presidente russo, Vladimir Putin.
Nas declarações feitas hoje, Olaf Scholz defendeu o telefonema, o primeiro contacto entre os dois líderes nos últimos dois anos.
"Foi importante para lhe dizer que não deve contar com o esmorecimento do apoio à Ucrânia por parte da Alemanha, da Europa e de muitos outros pelo mundo", justificou Scholz.
Ao mesmo tempo, assinalou, o telefonema serviu para "constatar que o Presidente russo não mudou de opinião sobre a guerra, o que não é uma boa notícia".
Durante a chamada telefónica, Putin disse ao chanceler alemão que a proposta de paz para a Ucrânia deverá ter em conta "novas realidades territoriais", exigindo que Kyiv abdique das regiões ocupadas por Moscovo.
A proposta de paz de junho passado inclui a retirada das tropas ucranianas do Donbass e do Sul do país e a renúncia de Kyiv à adesão à NATO.
Scholz, por seu lado, instou Putin a retirar as tropas da Ucrânia e a negociar com Kyiv, segundo um comunicado do Governo alemão.
O chanceler apelou a Moscovo que demonstre "vontade de encetar negociações com a Ucrânia, com vista a uma paz justa e duradoura" e sublinhou "o compromisso inabalável da União Europeia com a Ucrânia", acrescentou.
A conversa telefónica entre os dois líderes ocorreu num momento muito difícil para a Ucrânia, que se prepara para viver o seu terceiro inverno sob fogo da Rússia, com grande parte das suas infraestruturas energéticas danificadas ou totalmente destruídas.
Também a Alemanha vive um período político conturbado. Sem maioria no parlamento, Scholz anunciou que se vai candidatar a um segundo mandato nas eleições antecipadas de fevereiro, apesar dos apelos dentro do seu próprio partido (SPD) para que dê lugar ao atual ministro da Defesa, Boris Pistorius.
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