Moção de censura para senadora australiana que vaiou Carlos III
Depois do discurso do rei no parlamento, a ativista gritou que não aceitava a soberania do monarca britânico sobre a Austrália.
© Victoria Jones - Pool/Getty Images
Mundo Austrália
O senado australiano apresentou uma moção de censura para uma senadora independente e ativista Lidia Thorpe, depois de ter acusado o rei Carlos III de genocídio, durante uma visita do monarca ao parlamento.
Depois do discurso do rei no parlamento, a ativista gritou que não aceitava a soberania do monarca britânico sobre a Austrália, conta a NBC News.
O partido Trabalhista - partido que está no poder - e a coligação da oposição apoiaram a moção de censura, que não terá qualquer consequência legal ou constitucional. A proposta parlamentar foi apenas considerada como uma prática simbólica e isto acontece quando os legisladores não concordam com a conduta de um deputado.
Segundo a moção, o protesto de Lidia Thorpe foi perturbador e não respeitou as instituições democráticas.
De acordo com o canal televisivo, a senadora chamou "hipócritas" aos membros dos parlamento que apoiaram a moção de censura, dizendo que foi um truque para desviar a atenção dos problemas que afetam a Austrália.
"Voltava a fazê-lo e fá-lo-ei novamente" disse Lidia Thorpe, no parlamento, quando o líder da oposição do Senado fazia comentários sobre a moção.
A ativista acrescentou ainda que "querem que me ajoelhe, esteja em silêncio, que desapareça, mas vou ser clara… a minha lealdade está com o povo, com a justiça, não com o governo ou com a Coroa que tem trabalhado sistematicamente para nos apagar".
Recorde-se que Carlos e Camila visitaram Sydney e Camberra durante seis dias no mês passado, antes de viajarem para a reunião dos chefes de Estado da Commonwealth, na ilha de Samoa.
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