"Pela nossa segurança coletiva" é preciso "reforçar apoio" à Ucrânia
Assinalam-se hoje mil dias de guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
© Ksenia Kuleshova/Bloomberg via Getty Images
Mundo Mark Rutte
O Parlamento Europeu assinala hoje, em Bruxelas, os 1.000 dias de guerra da Ucrânia causada pela invasão russa.
À chegada ao local, e momento depois de se saber que Putin assinou hoje um decreto para autorizar o uso alargado de armas nucleares, o secretário-geral da NATO defendeu que é necessário reforçar a defesa da Aliança nos próximos meses.
"É preciso que os países trabalhem juntos para que a Defesa da NATO seja reforçada nos próximos meses", disse Mark Rutte, defendendo ainda que o apoio à Ucrânia "deve prevalecer".
"É preciso intensificar a produção industrial da defesa na Europa e na NATO", defendeu, referindo ainda que "não posso estar mais orgulhoso do que a Ucrânia fez para chegar até este momento".
Para o secretário geral da NATO estamos a assistir a um "escalar do conflito", estando "quatro países a trabalhar juntos neste conflito", disse, referindo-se à Rússia, China, Irão e Coreia do Norte.
Por isso incentivou os aliados a "falar menos" e a focarem-se mais naquilo que querem fazer para apoiar a Ucrânia
"A nossa segurança coletiva está em risco. Temos que garantir que a Ucrânia prevalece", rematou.
À entrada para a reunião ministerial de defesa da União Europeia (UE), Mark Rutte, na qualidade de convidado, disse que o Presidente russo, Vladimir Putin, não pode alcançar os seus objetivos na Ucrânia.
"Caso contrário, a Rússia sentir-se-á mais encorajada nas nossas fronteiras e terá uma vantagem em tamanho e capacidade de intervenção, e eu estou completamente convencido de que não vai parar na Ucrânia", acrescentou o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
Questionado sobre a utilização pela Ucrânia do armamento disponibilizado pelos países da Aliança Atlântica, Mark Rutte insistiu que os militares ucranianos deveriam poder utilizá-lo para alcançar quaisquer objetivos militares que tenham, mas que essa decisão tem de ser acordada bilateralmente, entre a Ucrânia e cada país que forneceu armamento.
"É bom que não haja quaisquer restrições [...], há uma opinião generalizada em relação a isso, mas cada Estado-membro decide como entender", completou.
Recorde-se que depois de Joe Biden, presidente dos EUA, ter autorizado o uso de armas de longo alcance norte-americanas, a Rússia acusou o país de estar a atear o fogo ao conflito. Hoje, e como resposta à autorização dada pelos EUA, Putin assinou um decreto para alargar o uso de armas nucleares, naquilo que diz tratar-se de um esforço para reduzir a ameaça nuclear.
[Notícia atualizada às 12h34]
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