Forças israelitas matam três alegados militantes palestinianos na Cisjordânia
As forças militares israelitas mataram hoje três alegados militantes palestinianos numa operação arredores de Jenin, no norte da Cisjordânia, comunicou um porta-voz militar à agência EFE.
© Nasser Ishtayeh/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Mundo Médio Oriente
Os canais televisivos palestinianos e os órgãos de comunicação israelitas noticiaram esta manhã uma operação liderada por agentes infiltrados da Polícia de Fronteiras contra uma casa em Jenin, na Cisjordânia, atacada para forçar a saída dos alegados alvos que nela se escondiam.
"Temos conhecimento da eliminação de três terroristas", comunicou o exército israelita, que usa, por norma, o termo 'terroristas' para se referir tanto a militantes palestinianos como a indivíduos que realizam ataques surpresa contra as forças ou cidadãos israelitas.
O Ministério da Saúde da Palestina identificou mais tarde as vítimas do tiroteio: Raed Abdul Rahman Sadiq, de 24 anos, Anwar Nidal Tawfiq Sabaneh, de 25 anos e Suleiman Adnan Suleiman Tazazaa, de 32 anos.
As tropas israelitas mantêm um cerco em Jenin, base de milícias palestinianas, e já destruíram dezenas de infraestruturas, incluindo o campo de futebol juvenil no leste da cidade.
De acordo com a agência de noticias palestiniana Wafa, o exército israelita colocou soldados à volta da mesquita de Al Asir, nos arredores do campo de refugiados de Jenin, incluindo atiradores furtivos.
A Autoridade Palestiniana para os Assuntos dos Presos e Ex-Presos e o Clube dos Presos denunciaram hoje a detenção de 12 pessoas em toda a Cisjordânia, incluindo menores.
Estas organizações de defesa dos direitos dos presos referem que desde o início da ofensiva israelita em Gaza, as autoridades já prenderam 11 mil palestinianos na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém.
Aproximadamente 44 palestinianos foram mortos depois de alegadamente terem realizado ataques contra israelitas, na sua maioria contra militares e agentes de uniforme, em postos de controlo militar.
O ano de 2023 já foi o mais mortífero em duas décadas, com mais de 520 mortos na Cisjordânia ocupada por Israel.
A ofensiva militar israelita intensificou as suas incursões na Cisjordânia na sequência dos ataques do Hamas de 07 de outubro e, desde então, cerca de 786 palestinianos foram mortos em incidentes com Israel, entre os quais mais de 160 menores.
A Cisjordânia ocupada está a viver a maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-2005) e, até agora, em 2024, mais de 400 palestinianos foram mortos no território por ataques israelitas, de acordo com a contagem da EFE.
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